Em livro, ex-funcionária do Facebook conta os podres dos bastidores da rede social

Falar mal de ex-patrão é meio chato, né? Imagine, então, escrever um livro contando os podres do seu antigo empregador? Mas a situação de Katherine Losse é… peculiar. Seu ex-chefe é Mark Zuckerberg, ela foi a 51ª funcionária do Facebook e em seu novo livro, The Boy Kings: A Journey into the Heart of the […]
Katherine Losse e seu livro.

Falar mal de ex-patrão é meio chato, né? Imagine, então, escrever um livro contando os podres do seu antigo empregador? Mas a situação de Katherine Losse é… peculiar. Seu ex-chefe é Mark Zuckerberg, ela foi a 51ª funcionária do Facebook e em seu novo livro, The Boy Kings: A Journey into the Heart of the Social Network (ainda sem tradução), ela fala tudo que ficou entalado na garganta por quase cinco anos.

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Losse era responsável pela expansão internacional do Facebook e fazia as vezes de “ghostwriter” de Zuckerberg, ou seja, escrevia os posts no blog oficial, atualizações de status e respostas a email assinados pelo CEO. O livro, que Tiago Dória já devorou e comentou em seu blog, conta os bastidores do Facebook no período em que Losse estava lá e, sob sua visão, como a cultura do site mudou com o crescimento desenfreado.

Há algumas acusações graves no relato, como o ambiente machista e desrespeitoso com as mulheres no quartel-general do Facebook e a ambição acima do normal de Zuckerberg — segundo a autora, ele quer transformar o Facebook não na principal forma de comunicação na Internet, mas na única. “Conquistar” e “Dominar” tornaram-se palavras fáceis nas reuniões estratégicas do site.

Outro aspecto interessante que fica evidente é o do mérito, algum preconceito e os privilégios de quem vem de instituições renomadas, como Harvard e Stanford. Esses raramente botam a mão na massa e logo conseguem cargos de diretores. O trabalho pesado, mesmo, fica a cargo de programadores asiáticos e latinos, que trabalham mais e ganham menos. As mulheres, como já dito, também sofrem no “clube do Bolinha” de Zuck e parece que o chefe não se incomoda com isso — em um dos seus aniversários, todas as mulheres da empresa foram obrigadas a vestir camisetas com o rosto dele. Em outro momento, num churrascão do ~Feice, Mark teria dito que prefere namorar uma mulher inteligente ainda que feia, porque teria saído com uma modelo gostosa, mas burra. Bizarro.

Losse deixou o Facebook e um Mark perplexo com a constatação de que não pode controlar tudo, no começo de 2010. Essa história está relacionada ao Brasil. Leia-a, junto com outros pitacos do Tiago, no link ao lado. [Tiago Dória]

 

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