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Em “Querida Zoe”, Sadie Sink reprisa papel de adolescente com família problemática

Novo filme independente "Querida Zoe", com Sadie Sink, mistura tramas mal desenvolvidas para retratar drama familiar

querida zoe

Imagem: Reprodução/IMDb

O Festival Filmelier no Cinema, que acontece de 19 de abril a 10 de maio, está trazendo para o Brasil 20 filmes inéditos no país. Um deles é  o drama “Querida Zoe” (“Dear Zoe”, em inglês), estrelado por Sadie Sink, de “Stranger Things” e “A Baleia” (2023). O Giz Brasil teve a oportunidade de assistir ao longa mais cedo. Acompanhe nosso resumão.

O drama norte-americano “Querida Zoe” tem direção de Gren Wells. De acordo com a sinopse, “quando Tess (Sadie Sink) sofre uma terrível perda em sua família, ela se aproxima de seu pai biológico (Theo Rossi) e encontra nele um inesperado apoio”.

Para entender melhor a trama, vale o spoiler: a perda em questão é a morte da irmã mais nova de Tess, a personagem-título Zoe, em um acidente.

Coincidentemente, a tragédia acontece no mesmo dia do ataque às Torres Gêmeas nos EUA, em 11 de setembro de 2011. O acidente, no entanto, não tem relação nenhuma com o evento, e fica difícil entender qual a relevância da data para o enredo do filme.

Atuações e enredo

No drama, mais uma vez, Sink vive uma jovem um pouco rebelde e traumatizada, parte de uma família disfuncional e com problemas financeiros — papel que ela sabe muito bem interpretar. Mas, diferente do que acontece em “A Baleia”, suas co-estrelas não são atores fortes como o vencedor do Oscar Brendan Fraser.

Além de atuações que na maior parte do tempo não conseguem trazer a emoção necessária a um filme de drama, os personagens não têm desenvolvimento o suficiente dentro da 1h30 de duração do filme.

A história também é um pouco corrida, principalmente no que se trata de Zoe, que apesar de ser o título do longa, não recebe a atenção necessária ao decorrer da trama, — nem mesmo flashbacks suficientes para conectar o público à personagem.

Um dos pontos mais interessantes do filme é a relação da protagonista com sua outra irmã mais nova, Emily. Contudo, o tema também não é tão explorado quanto poderia, já que os focos acabam sendo Tess, Nick (seu pai) e Jimmy (seu par romântico).

Romances sem desenvolvimento

Por falar em Jimmy, como qualquer filme adolescente “coming of age”, “Querida Zoe” tem seu momento de romance. Mas nem isso consegue salvar o enredo, afinal, não há muita química entre Tess e o bad boy Jimmy (Kweku Collins). Nem tempo suficiente para acompanhar o romance, aliás, já que da primeira briga ao primeiro “eu te amo”, tudo acontece rápido demais.

Alguns arcos também parecem ser abandonados ao longo da trama, como o suposto caso da mãe de Tess, por exemplo. No fim, o filme acaba se tornando um amontoado de acontecimentos paralelos, sem aprofundamentos. Assim, “Querida Zoe” se perde um pouco na tentativa de retratar temas densos como o luto e a reconexão familiar.

Assista ao trailer de “Querida Zoe” abaixo:

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