Emoticons estão mudando nosso cérebro e agora processamos ‘:-)’ como um rosto humano

Quando fizemos o Grande Debate do Smiley há algumas semanas, a questão era se usar um traço para representar um nariz era algo apropriado, ou se bastava a simplicidade de dois pontos seguidos de um parênteses. Mas uma nova controvérsia surgiu: os parênteses devem ficar à esquerda ou à direita? Qualquer que seja a configuração […]

Quando fizemos o Grande Debate do Smiley há algumas semanas, a questão era se usar um traço para representar um nariz era algo apropriado, ou se bastava a simplicidade de dois pontos seguidos de um parênteses. Mas uma nova controvérsia surgiu: os parênteses devem ficar à esquerda ou à direita?

Qualquer que seja a configuração que você defenda, trata-se de uma questão de preferência pessoal. Não há certo nem errado quando falamos em nos comunicar através de símbolos de pontuação. Certo? Não, errado!

Um estudo da Social Neuroscience aponta que, como fomos introduzidos a eles há duas décadas, os emoticons já começaram a mudar nosso cérebro – mas apenas alguns emoticons.

Vamos contextualizar um pouco: quando um ser humano vê o rosto de outro humano – mesmo que de cabeça para baixo – uma parte em particular do cérebro é ativada.

Para o estudo, o pesquisador Doutor Owen Churches mostrou a 20 participantes uma mistura de imagens e usou eletrofisiologia para monitorar e gravar os padrões elétricos resultantes no cérebro de cada um deles. Os rostos e emoticons que eram assim :-) geraram a mesma resposta, enquanto o (-: e combinações sem sentido de caracteres não foram reconhecidos ou processados da mesma maneira.

Churches considerou esta capacidade de evolução bem significativa. “Não há resposta neural inata a emoticons que já nascem com os bebês”, explicou à ABC Science. “Antes de 1982 não havia motivo para ‘:-)’ ativar áreas sensíveis a face no cortex, mas agora isso ocorre porque aprendemos que isso representa um rosto.”

Então é isso. Não apoio o uso de “-” para representar um nariz, mas pelo jeito fui vencida. Vida longa a :-)

Mas bem, quem sabe qual outra coisa estranha nos acostumaremos a ver ao longo dos próximos 30 anos, certo? [SmithsonianABC Science]

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