Uma ação movida nos Estados Unidos acusa a DoNotPay, empresa especializada em assistência jurídica automatizada, de exercer advocacia sem autorização — o que viola a legislação do estado da Califórnia.
O processo foi aberto em nome de Jonathan Faridian, um homem que contratou a empresa, mas considerou os serviços prestados de “baixa qualidade”. Se condenada no processo, a criadora do “advogado robô” será considerada irregular, e ela terá de interromper seus serviços.
A DoNotPay se defende afirmando que Faridian tem diversos casos bem sucedidos no campo de defesa do consumidor.
O caso na Justiça é apenas mais uma das polêmicas que a empresa se envolveu nos últimos meses. No início do ano, a DoNotPay virou notícia no mundo inteiro por estar prestes a usar seu advogado robô pela primeira vez em um caso real. De acordo com o presidente Joshua Browder, a empresa usaria inteligência artificial para orientar um réu a recorrer de uma cobrança indevida.
A empresa foi fundada em 2015 e tinha a proposta de oferecer soluções tecnológicas para auxiliar pessoas em processos ligados a direito do consumidor. Além disso, uma das principais bandeiras da companhia era o baixo custo, já que segundo ela, seus clientes não precisariam contratar advogados.
Seu serviço mais famoso é, sem dúvidas, o advogado robô que é capaz orientar clientes a darem as respostas mais adequadas perante o juiz. Em janeiro deste ano, a empresa afirmou que ele seria utilizado pela primeira vez em um tribunal real. Segundo a DoNotPay, o cliente seria orientado em tempo real utilizando um ponto eletrônico.
O presidente da empresa é famoso também por declarações polêmicas. Ele chegou a afirmar que pagaria US$ 1 milhão para quem tivesse a coragem de usar um ponto eletrônico e ser orientado por IA perante a Suprema Corte dos Estados Unidos. E você, toparia arriscar uma condenação para testar a tecnologia?