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Escolas do ensino fundamental da Califórnia estão rastreando as crianças com um GPS

Se eu tivesse sido um aluna em uma dessas escolas em Anaheim na Califórnia, eu teria sido forçada a usar um dispositivo GPS também. Bastaria ter faltado aula mais do que quatro vezes por ano para entrar no clube do GPS. Cerca de 75 alunos da sétima e oitava série da cidade de Anaheim tornaram-se […]

Se eu tivesse sido um aluna em uma dessas escolas em Anaheim na Califórnia, eu teria sido forçada a usar um dispositivo GPS também. Bastaria ter faltado aula mais do que quatro vezes por ano para entrar no clube do GPS.

Cerca de 75 alunos da sétima e oitava série da cidade de Anaheim tornaram-se as primeiras crianças da Califórnia a serem seguidas usando GPS, depois de preocupações que seu hábito de matar aula poderia levar a processos contra a escola. O estado da Califórnia está pagando a conta, depois de experiências anteriores em Baltimore e San Antonio terem como resultado a frequência dos alunos que costumavam cabular aula aumentar de 77% para 95% depois que o programa terminou.

Não estou dizendo que a minha escola antiga era ruim, mas se 77 por cento é considerado uma taxa de frequência baixa, então as crianças de hoje não são tão desobedientes quanto eu pensei que elas fossem. Elas certamente não são tão problemáticas como eu fui, pelo menos. E olhe onde eu estou agora! Hm…

O piloto do programa começou há apenas seis semanas, mas tem se mostrado bem-sucedido (se as crianças não conseguirem se livrar dos dispositivos GPS e forem fumar um cigarro atrás do galpão da escola). Ou seja: P-O-B-R-E-M-A para as crianças nos Estados Unidos. Outras instituições podem seguir o exemplo.

Foi necessário muito planejamento para colocar o plano do GPS em prática. Toda manhã, as crianças que costumam matar aula que foram selecionadas para o programa vão receber uma ligação lembrando para irem para a escola, e depois que chegarem lá, eles precisam colocar um código único no dispositivo com localizador cinco vezes por dia – ele transmitirá a informação para a direção, confirmando a posição do menor infrator. Então, quando eles estiverem saindo para e escola; quando chegarem à escola; na hora do lanche; quando estiverem saindo da escola, e novamente às 8 da noite – supostamente quando eles estiverem praticamente indo dormir – eles devem sacar o GPS, digitar a senha para dizer “sim, presente”.

Por que não usar um simples geolocalizador como um Google Latitude simplificado? O diretor regional da empresa envolvida no programa, Miller Sylvan, explicou a medida: “nós queremos que os estudantes interajam com o dispositivo e tomem medidas para que nós possamos saber onde eles estão. Isso ajuda a ensinar a disciplina que eles precisam para ser responsáveis. E ajuda a fazer pensar sobre seus horários.”

Funcionários poderão verificar se eles estão onde deveriam em horários específicos, e também alguns treinadores foram designados para fazer acompanhamento a cada três semanas e garantir que eles não estão perdendo as idas à sorveteria ou tendo problemas com a abstinência de nicotina.

Os dispositivos GuardTrax custam em torno de U$300 a U$400 cada, então são um método caro de garantir que as crianças estão onde deveriam estar. Por causa de sua natureza, se uma criança joga-lo fora, pelo menos é fácil de encontrar de novo. O estado da Califórnia arca com o custo, pois acredita que sempre que uma criança falta à escola, ela custa para a escola U$35. Eu não tenho certeza como eles fizeram esse cálculo, mas ao longo do tempo esses dispositivos GPS vão acabar economizando o dinheiro das escolas – teoricamente.

O que eu não consigo tirar da cabeça é essa sensação irritante de que isso talvez não seja certo. Obviamente os pais precisam concordar antes que os filhos entrem no programa piloto, mas no final do dia – eles são apenas crianças. Eles mal atingiram a puberdade. Dar uma de Big Brother para cima deles tão cedo pode não ser saudável, mas se ajudar com que eles permaneçam na escola e outros métodos não tiverem funcionado, então que seja, eu acho. É um mundo assustador este que nossos filhos estão crescendo. [OC Register]

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