Um redemoinho de luz tomou o céu do Havaí no dia 18 de janeiro. Quem olhasse para cima logo veria um clarão em formato de galáxia espiral. O brilho, no entanto, não tinha nada de natural, sendo causado por atividades espaciais humanas.
A beyblade estelar que iluminou a noite havaiana está ligada ao lançamento de um foguete Falcon 9, da SpaceX. O gigante partiu da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, transportando um novo satélite para a órbita terrestre.
O foguete possui duas partes, conhecidas como estágios. O primeiro estágio fornece a propulsão para a decolagem, soltando-se do veículo poucos minutos após a partida. Neste caso, após a separação, o segundo estágio utilizou seu pequeno motor para se posicionar e lançar o satélite adequadamente.
Tudo correu bem. Após a implantação do satélite, o segundo estágio ejetou todo o seu combustível antes de retornar para a atmosfera terrestre. O foguete começou então a rotacionar, gerando a nuvem de cristais de combustível congelado em forma de espiral.
A luz do Sol deu o toque final, iluminando a cena e garantindo o fenômeno. O registro foi feito pela Subaru-Asahi Star Camera, anexada ao telescópio Subaru no topo do vulcão Mauna Kea. As lentes em questão são propriedade do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ) e da agência de notícias japonesa Asahi Shimbun.
Não é a primeira vez que um foguete da SpaceX causa cenas do tipo. A mesma câmera capturou em abril de 2022 uma espiral de luz cintilante depois que a empresa colocou satélite em órbita também em um veículo Falcon 9.