Elaborado esquema de cola em provas na Ásia envolvia celulares escondidos e fones da cor da pele

Um tutor e vários cúmplices foram recentemente pegos executando uma complexa operação de fraude de exames em Cingapura que um promotor chamou de “altamente sofisticada”. Infelizmente, para eles, aparentemente não era sofisticado o bastante para evitarem ser presos. • As redes sociais não estão prejudicando as notas dos estudantes, diz pesquisa • Os estudantes de ensino médio […]

Um tutor e vários cúmplices foram recentemente pegos executando uma complexa operação de fraude de exames em Cingapura que um promotor chamou de “altamente sofisticada”. Infelizmente, para eles, aparentemente não era sofisticado o bastante para evitarem ser presos.

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• As redes sociais não estão prejudicando as notas dos estudantes, diz pesquisa
• Os estudantes de ensino médio que estão caçando os segredos do universo

De acordo com os promotores, Tan Jia Yan, de 32 anos, conduziu a operação, que envolveu chamadas ocultas no FaceTime, dispositivos Bluetooth escondidos e fones de ouvido cor de pele. Durante os exames do Conselho de Avaliação e Exames de Cingapura (SEAB, na sigla em inglês), os alunos usavam dispositivos Bluetooth conectados a celulares escondidos em suas roupas, assim como fones de ouvido cor de pele, relata o Channel News Asia.

Tan supostamente prestava os exames, usando fita adesiva para colocar um iPhone na camiseta, escondendo-o com uma jaqueta. As autoridades dizem que Tan jogava as perguntas do exame no FaceTime para seus cúmplices, que ligavam para os alunos no centro de exame e transmitiam as respostas aos seus fones de ouvido. O grupo é acusado de ajudar seis estudantes, todos chineses, a trapacear em exames de inglês, matemática, química e física.

A operação começou em 19 de outubro do ano passado e terminou alguns dias depois, no dia 24, quando um supervisor do exame ouviu “sons incomuns” vindos de um estudante de 20 anos durante uma prova de inglês. Depois do exame, o supervisor encontrou um celular sob o colete do aluno, assim como um dispositivo Bluetooth e um fone de ouvido com ele.

Tan declarou-se culpado de 27 acusações de trapaça, mas seus cúmplices entraram em julgamento nesta terça-feira (17) para contestar as acusações. Investigadores dizem que o diretor do centro de tutoria recebeu um depósito de US$ 8 mil e US$ 1 mil em taxas de admissão de cada aluno. O diretor teria prometido devolver todo o dinheiro aos alunos se eles não passassem no teste ou se não fossem para uma universidade em Cingapura.

E embora esta seja, indiscutivelmente, uma trama elaborada para passar em um teste, certamente não é a forma mais avançada de como os estudantes já usaram tecnologia para enganar o sistema. De acordo com o FBI, o ex-aluno da Universidade de Iowa Trevor Graves instalou um dispositivo de keylogging nos computadores de seu professor, permitindo-lhe acesso a exames e sistemas de avaliação. E pesquisadores de segurança dizem que crianças estão comprando ataques DDoS (Distributed Denial of Service) na dark web para derrubar os servidores de suas escolas.

Há também um mercado informal robusto para documentos escolares na dark web. “(Isso) Literalmente me salvou de ter que repetir um semestre inteiro”, disse um cliente de um desses negócios, segundo noticia o Daily Dot. “Eu não fiz merda nenhuma neste semestre,  porque eu estava pedindo muitas drogas e sendo um idiota e eu fiquei para trás, para dizer o mínimo.”

[BBC]

Imagem do topo: Getty

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