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Esta é a imagem mais detalhada do Universo já capturada

A NASA acabou de publicar a imagem mais detalhada do Universo já feita. Ela é chamada “Campo de Profundidade Extrema” — ou XDF, na abreviação do termo original. Levou dez anos de fotografias do Telescópio Hubble para criar a imagem e ela mostram algumas das galáxias mais antigas já observadas por seres humanos, voltando 13,2 bilhões […]

XDF

A NASA acabou de publicar a imagem mais detalhada do Universo já feita. Ela é chamada “Campo de Profundidade Extrema” — ou XDF, na abreviação do termo original. Levou dez anos de fotografias do Telescópio Hubble para criar a imagem e ela mostram algumas das galáxias mais antigas já observadas por seres humanos, voltando 13,2 bilhões de anos no tempo.

É algo sensacional, uma visão extremamente humilde. Não apenas pelo que ela mostra, mas pelo que ela não mostra. Embora esta imagem contenha cerca de 5500 galáxias, ela só mostra parte do céu, uma parte ridiculamente pequena do Universo. Como você pode ver na imagem abaixo (clique para ampliá-la e, assim, vê-la completa), a foto foca apenas em uma pequena área da constelação de Fornax.

É uma parte insignificante do Universo. Uma pequena amostra. E, ainda assim, está borbulhando com bilhões de estrelas, trilhões de planetas. Alguns desses planetas, sem dúvida, têm ou já tiveram vida.

De acordo com o Dr. Garth Illingworth, da Universidade da California, em Santa Cruz, e principal pequisador do programa Hubble Ultra Deep Field de 2009, “o XDF é a imagem mais profunda do céu que já obtivemos e revela as galáxias mais distantes já vistas. O XDF nos permite explorar ainda mais o passado, como nunca antes fora possível.”

Como diz o Dr. Illingworth, o XDF é um “túnel do tempo para o passado distante.” É mesmo, e uma das mais belas máquinas do tempo que consigo imaginar.

A imagem foi criada usando múltiplas fotografias colhidas desde 2003 usando a Advanced Camera for Surveys do Hubble e a Wide Field Camera 3. A XDF é a herdeira das imagens de Campo de Ultra Profundidade.

Este gráfico mostra (clique para ampliar) o primeiro plano (galáxias a menos de 5 bilhões de anos-luz de nós), segundo plano (entre 5 e 9 bilhões de anos-luz) e ainda mais profundo (mais de 9 bilhões de anos-luz), que tem “um bilionésimo do brilho que um ser humano pode enxergar.”

Este vídeo abaixo explica como a imagem histórica foi criada:

Em breve, quando o Telescópio Espacial James Webb estiver operando, o cientista dará à área da XDF outra perspectiva usando seus instrumentos infravermelhos. Assim, os cientistas conseguirá acrescentar galáxias que existiram quando o Universo tinha apenas algumas centenas de milhões de anos. Não sei do que chamarão a XDF então. Voto para HFDF — Holy F*ck Deep Field, algo como, numa tradução livre e comportada, “Campo de Profundidade Uau”.

Se quiser saber mais sobre o XDF e está com o inglês afiado, nesta quinta o time responsável pelo projeto estará respondendo perguntas no Google+.

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