Estatueta de deus egípcio é encontrada em antigo hospital nazista

Além da estatueta de Osíris, deus egípcio da morte, arqueólogos encontraram um busto de Baco, deus romano do vinho, do século 1
Estatueta de deus egípcio é encontrada em antigo hospital nazista
Imagem: Lukasz Miechowicz/Reprodução

O ano é 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. A família Kleniewski foge de Kluczkowice, no leste da Polônia, quando os invasores nazistas confiscam seu casarão para transformá-lo em um hospital para feridos em batalha. Os Kleniewski partem para Varsóvia, levando consigo apenas o essencial – e deixando antiguidades preciosas para trás.

Agora, arqueólogos encontraram dois destes artefatos: uma estatueta de bronze de 3 mil anos que representa Osíris, o deus egípcio dos mortos, e um busto de bronze de mil anos que representa Baco, o deus romano do vinho.

estatueta de osíris

Estatueta de Osíris data do primeiro milênio a.C.

Os objetos surgiram em maio de 2022, durante uma exploração com detectores de metal no terreno da família Kleniewski — após autorização do governo polonês. Contudo, encontrar antiguidades egípcias e romanas na Polônia é algo incomum, o que levantou dúvidas sobre a autenticidade das estatuetas.

Quem investigou as peças foi o arqueólogo Lukasz Miechowicz, da Academia de Ciências da Polônia. Ele confirmou que são mesmo autênticas e faziam parte de uma coleção de antiguidades mantida pelos Kleniewski até a invasão nazista. 

estatueta do deus romano baco

Busto de Baco data do primeiro século d.C.

Após o fim da guerra, a residência foi saqueada, e a coleção de antiguidades ficou desaparecida. Miechowicz é um dos pesquisadores que procurou o tesouro da família durante décadas. Agora, os historiadores acreditam que os Kleniewski enterraram alguns dos itens no terreno para protegê-los antes de deixar o casarão.

“[As estatuetas] estão sensacionalmente bem preservadas”, disse Miechowicz ao portal The First News. Ele acredita que os artefatos foram comprados por Maria Kleniewska, quando ela viajou ao Egito, em 1904. A viagem da Alexandria ao Cairo com suas quatro filhas aparece em biografias de Kleniewska. 

As estatuetas serão doadas ao Museu Nacional de Lublin, no leste da Polônia.

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