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Este robô de Lego é alternativa barata para preparar “DNA origami”

O custo de construção do robô é de US$ 350– enquanto os dispositivos convencionais custam de US$ 500 a 5 mil

Imagem: Jason Sentosa/Reprodução

Estudantes da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, construíram um robô com peças de Lego que pode acelerar a construção de materiais com DNA em escala nanoscópica (uma técnica chamada “DNA origami”). 

O aparelho é um mixer de gradiente: isso quer dizer ele segura, inclina e gira rapidamente tubos de laboratório para misturar o líquido contido neles. O objetivo do robô é criar, dentro dos tubos, um líquido com densidade que diminui de maneira uniforme, de baixo para cima.

O robô seria uma alternativa barata e acessível para os cientistas trabalharem com “DNA origami”: uma técnica que dobra longos filamentos de DNA para criar estruturas semelhantes a andaimes, que mantêm outras moléculas no lugar – e servem de base para outras nanoestruturas.

A técnica aparece em trabalhos de áreas como engenharia molecular e biofísica, e tem diversas aplicações em potencial, como a condução de medicamentos pelo organismo. Mas uma etapa importante é a purificação desse material – a retirada de moléculas que estejam sobrando por ali.

Os pesquisadores explicam no estudo recém-publicado que um dos métodos para purificação usa um “gradiente de densidade linear de meios viscosos, como glicerol ou sacarose, para separar moléculas de acordo com sua massa e forma” – mas que criar tais gradientes pode ser demorado e demanda máquinas caras. 

Daí a vantagem do robô de Lego, que criou o gradiente de densidade necessário para os experimentos da equipe em apenas 1 minuto.

A equipe responsável afirma que o custo de construção do robô é de US$ 350 – enquanto os dispositivos convencionais para fazer esse procedimento custam de US$ 500 a 5 mil. O design do robô seria uma versão menor e mais rápida dos aparelhos tradicionais.

Quase todas as peças do robô – das engrenagens aos dois motores – vêm de kits de peças Lego. A exceção é o suporte dos tubos de laboratório (indicado com o número 1 na imagem que abre este texto). Os pesquisadores fizeram esta peça específica com uma impressora 3D.

Rizal Hariadi, professora da Universidade do Estado do Arizona, afirma que o trabalho começou como um projeto final em um curso de laboratório de graduação. O estudo que descreve o robô foi publicado na última quarta (19) na revista científica PLOS One.

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