Estes 5 animais vivem em florestas devastadas por incêndios
Incêndios florestais são comuns durante as estações secas, seja na América ou na Austrália – e tendem a aumentar devido às mudanças climáticas. Por isso, muitos animais selvagens estão evoluindo e adotando comportamentos que aumentem suas chances de sobreviver.
Confira alguns deles:
Pica-pau e corujas
O pica-pau-do-dorso-preto, da espécie Picoides arcticus, vive no Canadá e nos Estados Unidos, e é conhecido como um especialista em florestas queimadas. Ele aproveita o surgimento de grandes grupos de besouros em árvores carbonizadas, e sua plumagem escura o ajuda a se camuflar no ambiente queimado. Especialistas acreditam que ele se expandiu para áreas que sofreram incêndios florestais recentemente.
Outra ave que vive no oeste dos Estados Unidos e está acostumada aos incêndios florestais é a coruja-malhada (Strix occidentalis). Também de plumagem acinzentada, a coruja costuma ficar à beira de pequenas florestas devastadas para se alimentar de ratos e outros pequenos mamíferos que passam de destacando na paisagem queimada.
Rato-marsupial-australiano
O rato-marsupial-australiano, nome dado a várias espécies do gênero Antechinus, parece um roedor, mas é um pequeno marsupial – ou seja, é parente dos cangurus e coalas. Ele se abriga no subsolo da floresta para escapar de um incêndio. Depois que as chamas passaram por seu habitat, ele lida com a falta de comida tirando uma soneca. Ou coisa parecida: ele entra num estado de torpor uma espécie de “modo avião”.
O torpor é um estado de baixa temperatura corporal e atividade metabólica adotado por muitos animais em resposta a condições ambientais adversas – como o cenário pós-incêndio florestal. É parecido com a hibernação de alguns animais, mas dura dias em vez de meses.
Lagarto-de-gola
O lagarto-de-gola, ou lagarto-dragão-australiano, da espécie Chlamydosaurus kingii, é outro animal acostumado a viver entre incêndios florestais. Em vez de se abrigar em tocas como o rato-marsupial, ele sobe em pequenas árvores e cupinzeiros para fugir de incêndios pequenos no início da estação seca – e procura árvores maiores para se refugiar de incêndios maiores no final da estação.
Besouro-de-fogo-preto
Por último, mas não menos importante, o besouro-de-fogo-preto (Melanophila acuminata). Ele é um dos maiores exemplos quando o assunto são adaptações a incêndios florestais. Este inseto sente a radiação infravermelha emitida pelo fogo (também conhecida como calor) a quilômetros de distância.
A super sensibilidade existe devido a dois mini caroços atrás das patinhas do besouro, que funcionam como órgãos sensoriais extra. Isso permite que o besouro evite chamas perigosas, mas também encontre madeiras quentinhas para acasalar e botar seus ovos. Ele aparece na Europa, em partes da Ásia, na América Central do Norte.