Estudo com ratos aponta que sexo e idade influenciam genes da longevidade
Um estudo com mais de 3,2 mil camundongos apontou que uma vida mais longa depende de vários genes diferentes. A pesquisa, realizada pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne, na Suíça, apontou o sexo e idade como efeitos genéticos importantes para a longevidade.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Science no final de setembro, uma parte do cromossomo 12 influenciou a longevidade em todos os camundongos. Nas fêmeas, a expectativa de vida teve influência de uma região do cromossomo 3.
Ao todo, os camundongos têm 20 pares de cromossomos, enquanto os seres humanos têm 23.
Nos machos, a maioria morre jovem, provavelmente por causa do estresse das interações macho-macho. Mas quando essas mortes são excluídas, os camundongos mais longevos apresentam cinco regiões cromossômicas que influenciam na expectativa de vida.
Segundo os pesquisadores, as regiões cromossômicas são expressivas, com mais de 100 genes por bloco. Ainda assim, não está exatamente claro sobre quais genes ou variantes genéticas cooperam para uma vida mais longa.
“A questão que permanece é: esses genes do envelhecimento estão determinando a longevidade?”, questionou Maroun Bou Sleiman, coautor do estudo, em entrevista à revista Nature.
A pesquisa deve continuar até, quem sabe um dia, identificar os genes da longevidade em humanos. Segundo o Sleiman, encontrar os verdadeiros genes causadores do envelhecimento pode permitir que a ciência desenvolva intervenções para manter pessoas saudáveis por mais tempo.