É só o hino nacional começar a tocar para que o coração do brasileiro dê aquela acelerada. O futebol é levado a sério no país, e isso pode causar consequências graves para alguns torcedores mais emocionados.
Segundo um levantamento feito pela USP, a Copa do Mundo está associada a uma maior incidência de infartos agudos do miocárdio (IAM). Durante as partidas da seleção brasileira, o número de ocorrências aumenta entre 4% e 8%.
Por outro lado, os cientistas não associaram a competição a um maior número de mortes. O estudo publicado nos Arquivos da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) levou em consideração as Copas disputadas entre 1998 e 2010.
Os dados médicos foram retirados do Sistemas de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), gerenciados pelo Ministério da Saúde. A equipe não investigou os pacientes a fundo, mas sugere que as pessoas que tiveram infarto possuíam problemas prévios de saúde.
O infarto nada mais é do que a morte das células de uma região do músculo do coração. Isso ocorre devido a formação de um coágulo, que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita. Pressão alta, diabetes, arritmias e obesidade são alguns dos fatores que podem aumentar o risco de infartos.
Eventos que desencadeiam fortes emoções — como um evento esportivo –, podem servir como gatilhos, afetando principalmente aqueles que já possuem comorbidades.
O infarto costuma causar dor no peito que se irradia pelos ombros ou braços. Falta de ar, tontura, suor e náuseas também são sintomas do problema. Vale o lembrete: caso você sinta qualquer sinal de que está infartando durante os jogos da Copa do Mundo – ou a qualquer momento –, não hesite procurar um médico.