Para desenvolver as artistas, a Pulse9 gerou 101 rostos fictícios, dividindo-os em categorias com as características: fofa, sexy, inocente e inteligente. Então, os fãs votaram em seus rostos preferidos, e as vencedoras foram animadas por designers.
“A vantagem de ter artistas virtuais é que, enquanto as estrelas do K-pop muitas vezes apresentam limitações físicas, ou até mesmo problemas de saúde mental, os artistas virtuais estão livres disso”, opina Park Jieun.
“Os escândalos criados por estrelas humanas reais do K-pop podem ser divertidos, mas também são um risco para os negócios”, diz Jieun. Ela também acredita que a tecnologia deve minimizar os riscos para artistas de K-pop, que se sentem pressionados pela indústria.
Girl bands
Em entrevista à BBC, Han Yewon, vocalista da girl band Mimiiros, compartilhou sua rotina de trabalho. “Treinamos mais de 12 horas no total. Mas se você não for bom o suficiente, acaba ficando mais tempo”, relata.
Yewon ainda expressa preocupação com o futuro da música pop coreana. “Como a tecnologia melhorou muito ultimamente, temo que os personagens virtuais tomem o lugar dos ídolos humanos”, confessa.
Enquanto isso, outras bandas enxergam a tecnologia como o futuro. O grupo feminino “Aespa” tem em sua formação quatro artistas humanas (Karina, Winter, Giselle e Ningning) e quatro virtuais — chamadas de ae-Karina, ae-Winter, ae-Giselle e ae-Ningning.
Ao lado de duas “gêmeas virtuais”, o fenômeno “Blackpink” ganhou o primeiro prêmio da MTV de Melhor Performance no Metaverso em 2022.
A estimativa é de que o mercado digital de humanos e avatares alcance US$ 527,58 bilhões mundialmente até 2030, de acordo com a Emergen Research, empresa de consultoria de mercado.