Mais uma vez a Kaspersky está no centro de uma polêmica de segurança cibernética. Desta vez a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos afirmou que os produtos de segurança da empresa russa são um risco inaceitável para a segurança do país e a adicionou em uma lista de companhias não elegíveis para fundos da FCC.
A Kaspersky passa a integrar a mesma lista que a Huawei e ZTE foram adicionadas em 2021. O fundador da empresa, Eugene Kaspersky, estudou em uma instituição que oferecia ensino profissionalizante e que foi patrocinada pela KGB e já há algum tempo enfrenta muitas acusações de ter ligações com serviços de inteligência do governo russo.
A Kaspersky, foi banida de todas as redes do governo dos EUA em 2017, ainda na Gestão Trump, e passou a integrar a lista na última sexta-feira juntamente com a China Mobile e a China Telecom.
Sobre o ocorrido a Kaspersky divulgou um comunicado interno para seus funcionários:
“A Kaspersky está decepcionada com a decisão da Comissão Federal de Comunicações de proibir que certos subsídios federais relacionados às telecomunicações sejam usados para comprar produtos e serviços da Kaspersky. Essa decisão não se baseia em nenhuma avaliação técnica dos produtos Kaspersky – que a empresa defende continuamente –, mas está sendo tomada por motivos políticos”
A posição da empresa não é muito diferente da tomada quando o Escritório Federal de Segurança da Informação da Alemanha afirmou que o softwares antivírus da Kaspersky pudessem estar espionando seus usuários ao redor do mundo. Os alemães solicitaram a substituição de todos os sistemas de defesa da Kaspersky usados pelos departamentos do governo do estado alemão, mas ainda não há um posicionamento sobre o banimento da plataforma, como fez os EUA.
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