EUA querem solicitar histórico de redes sociais para todos solicitantes de visto
O sistema para tirar visto para os Estados Unidos pode ficar mais complicado, caso uma nova proposta, apresentada nesta sexta-feira (30) pela administração do presidente Donald Trump, seja implementada. No caso, a mudança envolve pedir para quase todos os solicitantes o histórico de redes sociais dos últimos cinco anos.
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De acordo com a ABC News, a proposta do Departamento de Estados do EUA consiste em solicitar nome de usuário nas redes sociais (como Facebook e Twitter), e-mails antigos, números de telefone e dados de viagem (como se já foi deportado de um país) — tudo isso baseado no histórico dos cinco anos anteriores.
“A manutenção para padrões robustos de triagem é uma prática dinâmica que deve se adaptar a ameaças emergentes”, disse um porta-voz do Departamento de Estado à ABC News, justificando as novas medidas. “Coletar essas informações adicionais para os solicitantes de visto vai reforçar nosso processo de veto a esses solicitantes ao confirmar suas identidades.”
Ao todo, a medida deve afetar mais de 14 milhões de pessoas, que é o número médio de solicitantes de visto por ano. Aí entram no balaio pessoas que solicitam visto de estudante, para viagens a trabalho e até mesmo turistas. As exceções são os requerentes de vistos diplomáticos.
Os Estados Unidos têm endurecido aos poucos o processo para obtenção de visto. No ano passado, o governo mudou alguns procedimentos para permitir que funcionários consulares peçam informações adicionais sobre solicitantes suspeitos — pessoas que vêm de regiões com notável atividades terroristas.
Por informações adicionais, entenda contas em redes sociais, números de passaportes anteriores, detalhes sobre familiares e mais dados sobre histórico pessoal — empregos e viagens feitas nos últimos 15 anos. Ainda no ano passado, o governo estabeleceu que refugiados tivessem de informar suas credenciais de redes sociais.
Com a nova regra, todo mundo vai ter de informar dados de rede sociais durante o processo de aplicação.
A proposta foi registrada nesta sexta-feira (30) e tem 60 dias para receber comentários públicos. Após este período, a regra pode ser implementada.
[ABC News]