Os EUA informaram no sábado (11) que o número de mortes por COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, passou a marca de 20 mil. Isso significa que os EUA superaram a Itália como o país com mais mortes associadas ao surto no mundo. Os Estados Unidos também são líderes globais em casos confirmados, com 514.415, ou mais que o triplo do número de casos na Espanha, que está no segundo lugar com 161.852.
O marco sombrio das mortes foi reportado pela Reuters, que usou uma contagem interna. A notícia chega um dia depois que o presidente Donald Trump ter anunciado que teria que tomar uma decisão sobre quando retomar as operações normais no país. A maioria dos estados dos EUA colocou suas populações sob algum tipo de bloqueio para restringir reuniões e contato social.
“Vou ter que tomar uma decisão, e só espero que Deus ajude que essa seja a decisão certa”, disse Trump em uma entrevista coletiva na sexta-feira. “Diria que, sem dúvida, é a maior decisão que já tomei.”
Falando sobre como ele tomaria a decisão, Trump disse que se cercaria das”melhores mentes” de várias partes diferentes da sociedade. O presidente acrescentou que ele queria abrir o país o mais rápido possível. Quando perguntado sobre quais métricas ele usaria para tomar a decisão, Trump apontou para sua testa.
“As métricas que estão aqui, essas são as minhas métricas”, disse ele.
Em março, Trump disse que queria reabrir o país na Páscoa e falou de “igrejas lotadas”. No entanto, mais tarde ele recuou e estendeu as diretrizes federais sobre o coronavírus até 30 de abril.
Atualmente, as diretrizes federais dos EUA recomendam que os indivíduos trabalhem de casa sempre que possível, evitem viagens e saídas para compras, fiquem em casa quando estiverem doentes, fiquem longe de bares, restaurantes e praças de alimentação e evitem reuniões sociais de mais de dez pessoas.
Segundo o New York Times, a maioria das restrições para manter os americanos em casa foram emitidas por governadores estaduais, não pelo presidente. Isso significa que a decisão de reabrir o país não depende inteiramente de Trump, embora o Times observe que, se ele emitisse diretrizes para reabrir o país, muitos estados provavelmente seguiriam ou seriam pressionados pelos constituintes ou empresas para aliviar as restrições.
De acordo com o Johns Hopkins Coronavirus Resource Center, no sábado havia 1,7 milhão de casos confirmados de COVID-19 em todo o mundo.