O exército dos EUA está testando um novo cão robô conhecido como “Lobo Solitário” em suas instalações de pesquisa no Oriente Médio. A máquina possui inteligência artificial integrada, é equipada com um rifle de assalto e foi desenvolvida para identificar e neutralizar drones inimigos em ambientes hostis.
De acordo com o Military.com, o projeto foi desenvolvido pela Ghost Robotics, uma das principais referências no desenvolvimento de cães robôs para vários propósitos. O modelo que vem sendo testado é encarado como um dos dispositivos tecnológicos que podem aumentar a sofisticação dos sistemas de defesa antidrone do país em operações no exterior.
Aliás, não é de hoje que os EUA investem em robôs quadrúpedes para finalidades militares. O Departamento de Defesa vem gastando altas cifras nos últimos anos com robôs para coleta de informações, vigilância, segurança de perímetro e desarmamento de explosivos.
Armas acopladas
Anteriormente, as forças armadas do país já testaram uma série de armadas acopladas em robôs quadrúpedes. Elas vão de fuzis e rifles de precisão a lançadores de foguetes. A utilização de cães robôs é uma tendência entre as principais potências bélicas do planeta. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, a China iniciou testes no Camboja com um robô de fabricação própria que também vinha equipado com um rifle de assalto.
Um porta-voz das forças armadas americanas afirmou ao Military.com que, durante o período de testes, o Lobo Solitário foi capaz de acertar vários alvos terrestres estáticos, mas se recusou a dar mais detalhes a respeito dos resultados, bem como sobre o modo de funcionamento da tecnologia de inteligência artificial no dispositivo.
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Contrato com Israel
O uso de cães robôs em incursões militares é um assunto bastante controverso. A Ghost Robotics, que tem sede na Pensilvânia, já foi alvo de manifestações populares por conta de seu contrato com o exército israelense.
Desde o início das operações terrestres de Israel na Faixa de Gaza, os cães robôs da empresa vêm sendo utilizados para diminuir a exposição de soldados e cães de carne e osso a situações de extremo perigo.
Os Estados Unidos não revelam muitos detalhes sobre os teste. Por fim, se limitam apenas a dizer que estão testando recursos tecnológicos com potencial de serem úteis no futuro.