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Ex-funcionários da Samsung são presos por vazar informações para concorrente

Um dos acusados teria recebido "dezenas de milhões de dólares" para compartilhar os segredos industriais da Samsung

Ex-funcionários da Samsung são presos por vazar informações para concorrente

A Coreia do Sul prendeu dois ex-funcionários da Samsung por vazar segredos sobre a fabricação do semicondutor DRAM de 18 nanômetros para a empresa chinesa ChangXin Memory Technologies. De acordo com as autoridades locais, os vazamentos teriam causado prejuízos na casa dos bilhões para a gigante sul-coreana.

Um dos réus, que trabalhava como supervisor de departamento na empresa, violou a lei de proteção à tecnologia industrial e, por isso, o indiciaram. Ele é acusado, por exemplo, de entregar informações confidenciais para beneficiar a ChangXin no desenvolvimento de seus produtos.

Os promotores responsáveis pelo caso afirmaram que este mesmo ex-funcionário entregou à companhia chinesa informações sobre sete tecnologias essenciais para a produção de chips semicondutores em troca de “algumas dezenas de milhões de dólares”.

Kim, identificado apenas por esse nome, compartilhou os segredos em 2016, ano em que se transferiu para a ChangXin. Ele também é acusado de levar ao menos vinte funcionários da Samsung para a corporação chinesa para fabricar os chips.

O outro indiciado é um ex-funcionário de uma fornecedora de equipamentos para a Samsung. Autoridades acusam ele de trabalhar juntamente com Kim para vazar informações relacionadas a “tecnologias-chave” para a produção dos semicondutores.

Esquema de vazamento de informações confidenciais pode ser ainda maior

O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul também investiga se a mesma empresa chinesa recebeu vazamentos de outros sete processos de fabricação de semicondutores. Além dos dois já presos, mais pessoas envolvidas neste esquema podem ir para prisão em breve.

Além do prejuízo de quase US$ 2 bilhões, o efeito da divulgação dos segredos industriais permitiu que a chinesa tivesse uma rápida ascensão no mercado. Isso diminuiu consideravelmente a distância tecnológica para a gigante sul-coreana.

De acordo com a agência britânica Reuters, ChangXin Memory Technologies afirmou que tem um mecanismo eficiente para impedir a entrada de informações de empresas terceiras. Porém, ele se recusou a se pronunciar sobre o caso envolvendo os profissionais presos.

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