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Como um Porsche, um meteorito e US$ 4 milhões em ouro foram parar em um museu

Não é incomum ver obras de arte no valor de US$ 4 milhões em um museu. O que não é muito comum é ver US$ 4 milhões em barras de ouro em um museu. Isso existe, é chamada Tower of Power e exigirá guardas de segurança por 24 horas e 7 dias por semana enquanto continuarem no New […]

Não é incomum ver obras de arte no valor de US$ 4 milhões em um museu. O que não é muito comum é ver US$ 4 milhões em barras de ouro em um museu. Isso existe, é chamada Tower of Power e exigirá guardas de segurança por 24 horas e 7 dias por semana enquanto continuarem no New Museum como parte de uma retrospectiva do seu criador, o artista Chris Burden.

Mas o Tower of Power – que visitantes não podem fotografas, mas você pode ver aqui – está longe de ser a melhor obra em exposição (é mais do que um memorial dos 1980 do que qualquer outra coisa). Também estão lá Porsches, meteoritos, pontes e morteiros para serem admirados pelos visitantes.

Se você não sabe quem é Burden, então tudo bem – ele não é um artista muito comum em exposições de museu pelo mundo. Mas seu trabalho permeia a cultura pop de formas inesperadas; David Bowie, por exemplo, já dedicou canções a ele. Como um jovem artista, ele esteve na parte mais radical da Performance Arte – uma vez um assistente atirou nele à queima-roupa e, em outra apresentação, ele rolou nu em uma cama cheia de vidro quebrado – mas acabou encontrando seu espaço na engenharia e arquitetura (seu pai foi um professor de engenharia em Harvard).

Porsche com Meteorito, 2013.

O trabalho de Burden ainda é sobre performance, no entanto – exceto que agora, a performance envolve criar modelos incrivelmente avançados e máquinas em funcionamento, em vez de uma espingarda e uma viagem para o hospital.

No New Museum, você será recebido por um caminhão-guindaste da Ford de 1964, que segura um peso de ferro fundido de uma tonelada. Subindo as escadas, uma enorme armação de aço equilibra um Porsche amarelo de um lado e um pedaço de meteorito de 165kg do outro. Próximo dali está The Big Wheel, um volante do motor de 3 toneladas alimentado pelo contato com a roda traseira de uma motocicleta Benelli 1968. A pilha de US$ 4 milhões em ourofica escondida em um canto da galeria, em comparação, parece fichinha.

Todos os submarinos dos Estados Unidos da América, 1987

Você pode esperar encontrar um segmento político em todo esse trabalho como, por exemplo, no modelo de submarinos da Marinha dos EUA, ou nos morteiros Namur estilo século 17 que Burden instalou em uma galeria. Mas não é tão simples assim. Ao The New York Times, Burden se descreveu como um “engenheiro e arquiteto amador que usa as disciplinas como material para a minha arte”, adicionando “eu realmente não penso nisso” quando perguntado se ele considera como outras pessoas interpretarão seu trabalho.

Então mesmo que tenha um certo elemento cínico nas obras – veja quanta energia e inteligência foi usada para criar essas máquinas destrutivas! – ainda há uma alegria abjeta. Afinal, é por isso que são chamados de maravilhas da engenharia.

Medidas extremas está em exposição até o dia 12 de janeiro de 2014

Porsche com Meteorito, de 2013. Um Porsche de 1974 restaurado e um pedaço maciço de meteorito.

Ponte treliça tripla de 6 metros, de 2013

Ponte de pedra, de 2013

Morteiros Namur, de 2013

Estas 625 miniaturas de papelão de submarinos representam embarcações reais da Marinha dos EUA

Uniformes da Polícia de Los Angeles

Bunker-Colméia, de 2006

Um Conto de Duas Cidades, de 1981.Maia de 5.000 miniaturas ocupam esses dois modelos de cidade, com robôs, helicópteros, e soldados humanos. Um binóculo ajuda os visitantes a apreciarem de perto a obra de arte.

Guindaste, de 2009

Tower of Power, de 1985. Imagem via Archive of Affinities.

Imagem de topo: The Big Wheel.

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