O Google removeu duas extensões do navegador Chrome no fim de semana por exibirem anúncios invasivos, algo que viola as condições de serviço da empresa. Mas esta não é a primeira vez que isto acontece – e nem será a última.
Segundo o Wall Street Journal, trata-se das extensões “Add to Feedly” e “Tweet This Page”: elas foram discretamente atualizadas há pouco tempo, e começaram a exibir anúncios indesejáveis para os usuários. Na verdade, a situação parecia tão ruim que comentários sobre a “Add to Feedly” se referiam a ela como spam.
Amit Agarwal, desenvolvedor do “Add to Feedly”, admitiu ter vendido sua extensão a um comprador desconhecido, que depois injetou publicidade invasiva no código. Algo semelhante aconteceu ao “Tweet this page”.
A política do Google, atualizada em dezembro, permite que extensões insiram anúncios apenas em uma parte da página. Não era o caso das duas mencionadas: elas injetavam várias propagandas, inclusive em lugares onde eles nunca aparecem, como a página inicial do Google.
Elas foram removidas da Chrome Web Store após o aviso do WSJ. Mas por que não antes? É que o Google não checa o código da extensão se ela for atualizada, e permite que novas versões sejam enviadas automaticamente para os usuários. Por isso, algo assim pode acontecer de novo.
Cada uma das extensões tinha menos de 100.000 usuários. Mas, como aponta o WSJ, várias extensões com uma base considerável de usuários são alvo de entidades que querem colocar anúncios invasivos. Como explica o desenvolvedor do Honey, com 300.000 usuários:
Durante o ano passado, nós fomos abordados por empresas de malware que tentaram comprar a extensão; por empresas de coleta de dados que tentaram comprar os dados dos usuários; e por empresas de adware que tentaram fazer parceria conosco. Recusamos todas as propostas.
Vamos torcer que isso não se torne uma tendência. [Wall Street Journal]