Por que uma falha em uma estação de energia iluminou a noite de Nova York?

Você certamente ficou sabendo do incidente da noite da última quinta-feira (27) em uma subestação de energia da Con Edison em Nova York, que deixou o aeroporto de LaGuardia temporariamente sem energia elétrica e pintou os céus da cidade com uma misteriosa luz azul. Nós fomos atrás de respostas: por que o céu ficou com essa […]
Sophie Rosenbaum / AP

Você certamente ficou sabendo do incidente da noite da última quinta-feira (27) em uma subestação de energia da Con Edison em Nova York, que deixou o aeroporto de LaGuardia temporariamente sem energia elétrica e pintou os céus da cidade com uma misteriosa luz azul. Nós fomos atrás de respostas: por que o céu ficou com essa cor?

• O céu de Nova York ficou azul após a explosão de um transformador

A Con Ed inicialmente tuitou um comentário ridiculamente discreto para descrever a enorme explosão vista por milhares, se não centenas de milhares de pessoas: “Houve um breve incêndio elétrico em nossa subestação em Astoria, que envolveu alguns transformadores elétricos e causou uma queda de transmissão na área.”

Mas, na manhã de sexta, a Con Ed disse que não foi um incêndio, nem foi uma explosão de transformador, de acordo com a WABC-TV: “A falha elétrica no equipamento de 138.000 volts causou um arco elétrico sustentado, cujo flash ficou visível em uma ampla área. O equipamento afetado foi isolado em uma única seção dentro da subestação.”

Os arcos de flash ocorrem quando a corrente elétrica passa através de um meio normalmente não condutor, como o ar, em um caminho entre dois eletrodos. Isso ioniza o meio e cria um “arco elétrico” entre os eletrodos, caracterizado por uma alta corrente, alta temperatura e flash visível — o resultado da ionização. Este conceito é empregado na soldagem a arco e foi usado até mesmo em lâmpadas durante o final do século XIX. Apesar de outras matérias dizerem isso, não é o mesmo que um relâmpago, que é uma faísca ou descarga. Arcos são normalmente mantidos por um período de tempo mais duradouro.

A cor azul foi o resultado de moléculas de ar excitadas. Se você se lembra do ensino médio, diferentes gases excitados liberam cores diferentes. Explosões passadas de transformadores também resultaram em brilhos azulados.

“É uma corona”, diz Peter Sauer, professor de engenharia elétrica e de computação da Universidade de Illinois, ao Gizmodo. “Acontece sempre que há um arco. Há uma luz azulada que sai da descarga corona em linhas de transmissão de alta voltagem, especialmente quando está úmido. É a ionização do ar.”

Sauer explica que, basicamente, o que houve foi um curto-circuito em uma linha de tensão relativamente alta. Pode ter sido causado por falha de isolamento, detritos ou outra coisa; nós não saberemos com certeza até que o Con Ed investigue.

Os arcos de flash são especialmente brilhantes e quentes, e as empresas empregam vários métodos para impedir a formação desses arcos entre os eletrodos.

Claramente, um desses métodos falhou na quinta-feira. Então, embora assustador, o flash azul não era alienígena e nem era tão incomum. Era apenas um equipamento elétrico defeituoso cercado por muito ar ionizado.

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