Família sul-mato-grossense tinha “bomba de estimação” há 15 anos
Todo mundo usa algum peso para que portas não se fechem. Sacos de areia, pedras, objetos pesados enfeitados, são vários modelos e formatos. É prático e mais barato que instalar uma daquelas travas na base da porta e no chão. Mas… uma bomba? Pois é o que uma família de Campo Grande usava. Há 15 anos.
A bomba foi encontrada em 1997, quando a família cavava os fundos de casa para fazer uma fossa. Na época o marido da dona Jerusa Pereira dos Santos, moradora da casa, achou o objeto interessante e decidiu mantê-lo como “souvenir”. Nesses 15 anos, além de peso para que as portas e portões da casa não se fechassem, a bomba foi usada como (pasme) martelo para amassar latinhas pelas filhas do casal.
Ela continuaria ali, quietinha, não fosse a descoberta de outra bomba semelhante em um canteiro de obras próximo. A filha de Jerusa, de 10 anos, viu o trabalho da polícia para explodir a bomba recém-encontrada e voltou desesperada ao notar a semelhança do projétil com o “segurador de portas” que tinha em casa. Policiais da Companhia de Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe) foram remover a bomba da residência ontem.
Consultado pelo G1, o major Marcos Paulo Gimenez, da Cigcoe, disse acreditar que a bomba que foi destruída no canteiro de obras é da década de 1910 ou 1920, mas que outras características, como o tipo de explosivo, tempo em que ficou parada ali e sua origem só poderão ser desvendadas com estudos mais profundos. E fica a dica: se encontrar uma bomba no quintal, ligue para o 190. [G1]