Faz sentido processar um site que baixa vídeos do YouTube?
É proibido baixar vídeos do YouTube, infelizmente: os termos de serviço do site deixam isso claro. Mas às vezes precisamos baixá-los, e a quantidade de serviços para isso é enorme – nós já mencionamos alguns deles por aqui, inclusive. Mesmo grandes sites, como o TechCrunch, já ofereceram uma forma simples de baixar vídeos do YouTube – mas eles receberam uma carta do YouTube apenas ameaçando medidas legais. O TubeFire não teve o mesmo tratamento: as maiores gravadoras do mundo, incluindo Universal, EMI, Sony e Warner, processaram o site e exigem milhões em danos.
A Associação da Indústria de Música do Japão (RIAJ) reúne 29 gravadoras, entre grandes e pequenas. A RIAJ processou o TubeFire, dizendo que 10.000 vídeos com músicas das gravadoras foram baixados entre maio e junho, e exige US$3 milhões em danos – o valor que eles gastariam se licenciassem as músicas baixadas.
O TubeFire, é claro, interrompeu o serviço do site, e apenas oferece uma explicação em japonês do ocorrido. O TubeFire é propriedade da empresa japonesa MusicGate.
Como lembra o TechCrunch, este processo judicial é absurdo por diversos motivos. Primeiro, da mesma forma que o torrent não pirateia filmes e música – são os usuários – quem é responsável por baixar os vídeos são os usuários, não o TubeFire. E, se ele viola termos de serviço do YouTube, ele tem que se entender com o YouTube, não com as gravadoras.
Segundo, existem infinitos sites para baixar vídeos do YouTube. E se acabarem com sites, há extensões de navegador, programas de computador e apps para celular que fazem o mesmo. Parece realmente razoável ir caçar um a um? Gravadoras, não é melhor fornecer seu conteúdo de maneira mais prática e mais acessível? Isso, sim, ajuda a resolver a pirataria. Veremos como esse caso se desenrola. [TorrentFreak via TechCrunch]