“Fifa 23” sofre ataques machistas após atualização Copa do Mundo feminina
Na última semana, o “FIFA 23” recebeu a DLC gratuita da Copa do Mundo Feminina, que se inicia no dia 20 deste mês. Assim como ocorreu com a Copa do Catar de 2022, o simulador de futebol recebeu novos modos de jogo e conteúdos exclusivos para celebrar a chegada do torneio.
Essa atualização é mais uma ação efetiva dos desenvolvedores para apoiar e aumentar a participação do futebol feminino dentro da série, que passou a contar com equipes formadas por mulheres no “FIFA 16”.
No título, a EA passou a disponibilizar 12 seleções nacionais compostas inteiramente por mulheres. Veja abaixo:
https://www.instagram.com/p/Ct_4Rc0NKH-/
Embora o futebol feminino tenha ganhado maior espaço nos últimos anos, inclusive dentro da própria franquia FIFA, muitos jogadores, insatisfeitos com a atualização, protagonizaram uma série de ataques preconceituosos com teor misógino após a EA Sports anunciar a chegada da expansão em postagens nas redes sociais.
“Por favor, faça um jogo de futebol feminino separado, não quero ver essa m***** no meu jogo”
Outros comentários, incluem:
“Ninguém precisa dessa m*****”
“Deletei o jogo ao assistir isso”
“EA, como deletar a edição feminina no meu FIFA 23?”
“EA Sports FC 24” terá ainda mais presença feminina
A atualização veio após a chegada da liga americana e da Champions League Feminina. Essas adições são importantes para o game, que vem buscando aumentar a participação feminina nas últimas edições. A expectativa é que no próximo jogo, “EA Sports FC 24”, mais conteúdos de futebol feminino cheguem ao título.
A atacante australiana Samantha Kerr fez história ao ser a primeira mulher na capa de um jogo na franquia FIFA. No entanto, a medida da Electronic Arts de colocar a atleta, que é detentora de vários recordes no futebol feminino, ao lado de Kylian Mbappé, também acabou sendo alvo de diversas ofensas e ataques quando foi anunciada no ano passado.
Fora dos games, mulheres que trabalham no futebol ainda seguem sofrendo ataques machistas. Jogadoras e treinadoras não são o único alvo dos agressores. Infelizmente, a ocorrência de ataques à árbitras, comentaristas e narradoras é muito frequente, principalmente, nas redes sociais, onde agentes preconceituosos se sentem mais protegidos.