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Filhos de pais que fumam cigarro são mais propensos a ter asma

Estudo feito com 1.600 famílias mostrou como fumaça do tabaco é capaz de atingir até duas gerações de um mesmo núcleo familiar

Filhos de pais que fumam cigarro são mais propensos a ter asma

Imagem: Andres Siimon/Unsplash/Reprodução

Um estudo feito por pesquisadores da Austrália, Reino Unido e Sri Lanka mostrou que a fumaça do cigarro pode afetar a saúde de até duas gerações de uma mesma família. O artigo foi publicado no European Respiratory Journal.

Antes de tudo, é importante dizer que a pesquisa diz respeito apenas ao hábito de fumar de pessoas do sexo biológico masculino. Foram utilizados dados de mais de 1.600 famílias para chegar aos resultados. 

De acordo com os cientistas, o risco de asma não alérgica em crianças aumenta em 59% se seus pais foram expostos ao fumo passivo na infância, em comparação a crianças cujos pais não foram expostos. Quando os pais adotam o hábito de fumar na vida adulta, o risco sobe para 72%.

A equipe considerou meninos que foram expostos à fumaça do tabaco até completar 15 anos de idade. De acordo com os cientistas, o tabagismo pode desencadear mudanças epigenéticas no fumante — que nada mais são do que alterações nos genes em que a sequência de DNA não é afetada.

No caso de meninos expostos à fumaça do tabaco, podem ocorrer alterações em células germinativas, responsáveis pela produção do esperma. Após a reprodução, essas mudanças podem ser herdadas pela próxima geração, tendo um risco aumentado de desenvolver problemas de saúde. 

Nos homens, as células germinativas continuam se desenvolvendo até a puberdade, sendo este um período vulnerável em que a exposição à fumaça do tabaco pode afetar as células e causar alterações epigenéticas. Temos aí, então, um efeito transgeracional, que começa no avô e segue até o neto. 

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