Tecnologia

Filmagem em macro mostra tinta e glitter imitando o espaço; assista

Tintas, álcool, sabonetes, glitter e outros materiais foram usados para recriar o espaço sideral em uma filmagem em maior escala. Veja
Imagem: Reprodução/YouTube/Vadim Sherbakov

O fotógrafo e cineasta russo Vadim Sherbakov, que já trabalhou para empresas como Netflix e HBO, lançou recentemente um novo curta-metragem, “Creation”. Inspirado no espaço sideral, vídeo retrata o Universo através de uma filmagem macro — ou seja, em maior escala –, de tinta e glitter.

Segundo Sherbakov, essa jornada começou com seu curta anterior, “Velocity”. “A ideia de criar este filme veio da semelhança observada entre tinta brilhante e cosmos. Durante os dois últimos filmes não consegui afastar a sensação de que o brilho cintilante com fundos em tinta escura por um lado e pigmentos coloridos por outro me lembrava galáxias distantes, nuvens galácticas, nebulosas e outros corpos cósmicos”, escreveu na descrição de “Velocity”.

No entanto, desta vez, ele implementou novas técnicas e novos materiais, incluindo ímãs, líquidos e tintas. Para realizar o projeto, foram necessárias de 12 horas de filmagem, das quais menos de 1% foram utilizadas na edição.

A cenógrafa Luidmila Tregub foi a responsável por criar a mistura entre as diferentes tintas, álcool, sabonetes, entre outros materiais, a fim de proporcionar o movimento correto de substâncias.

Como Sherbakov capturou as filmagens do “espaço”

“Usei Canon EOS R5, fotografando em 8K RAW, o que me permitiu ter mais liberdade criativa para corrigir as cores e gradar o filme final”, explicou o fotógrafo na descrição de “Creation”, ao site Peta Pixel. “Usei a lente macro Irix 150mm f/2.8, que me permitiu fotografar áreas desfocadas de forma incrível, mas mantendo o centro nítido”.

Com filmagens feitas em RAW de 12 bits, o fotógrafo criou versões de filmes em HDR e Dolby Vision. Sherbakov, aliás, trabalhou pela primeira vez totalmente com fotografia HDR neste projeto. O método serve para ampliar a faixa dinâmica, captando mais detalhes. Na visualização em qualidade 4K, as imagens são quase inacreditáveis.

Em entrevista ao site Peta Pixel, ele explicou que a iluminação foi apenas um LED FalconEyes de fonte constante, quase exclusivamente com temperatura de cor de 5.600 K. A gravação do pó de ferro magnético, entretanto, teve outra configuração de cores, “uma vez que é principalmente cinza escuro, sem cores próprias”.

Por fim, houve alguns retoques nas plataformas DaVinci Resolve, Adobe After Effects e Adobe Photoshop. Assista ao vídeo que narra o processo criativo da obra abaixo:

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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