Foto de satélite flagra mudanças no solo com terremoto no Marrocos
O satélite europeu Copernicus Sentinel-1 mostrou que o impacto do terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o Marrocos este mês pode ser visto até mesmo do espaço.
As imagens divulgadas pelos cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) mostram a província de Chichaoua, no Marrocos, sofreu o impacto de forma mais intensa. Não apenas os edifícios, mas também o solo, estradas e pontes sofreram com o tremor.
O Sentinel carrega um instrumento de radar capaz de detectar o solo em qualquer clima, dia e noite. Ele examina regiões do mundo propensas a terremotos, rastreando o que são muitas vezes mudanças muito sutis na elevação da superfície.
Os pesquisadores usam a técnica de interferometria para comparar as visualizações “antes” e “depois”.
Explicando resumidamente, funciona assim:
- As cores azuis no mapa ilustram o movimento ascendente do solo – o Sentinela vê isso como um encurtamento da distância entre ele e a superfície;
- As cores amarelo/laranja mostram onde o solo caiu desde a última vez que a sonda europeia mediu a distância.
O maior movimento único em direção ao satélite foi de até 15 cm. A queda máxima foi de cerca de 10 cm, explica a BBC.
Assim, os cientistas usarão uma análise interferométrica como esta para tentar compreender o terremoto e os riscos futuros.
Terremoto no Marrocos já deixou mais de 2,8 mil mortos
O total de mortos depois que um forte terremoto atingiu o centro do Marrocos passou dos 2,8 mil, segundo o Ministério do Interior do país.
O sismo fez com que as pessoas corressem para as ruas de Marrakech e de outras cidades próximas. A estimativa é de que haja 300 mil pessoas afetadas em Marrakech, ou seja, um terço da população da cidade.