Foxconn do Brasil responde às acusações; greve seria “último recurso”
Quando 2.500 funcionários da Foxconn em Jundiaí (SP) ameaçaram fazer greve devido ao transporte e alimentação ruins, todos prestaram atenção: a Foxconn está debaixo de uma lupa, tanto no Brasil como no mundo. Inicialmente, a empresa se recusou a falar sobre o assunto – mas agora ela se pronunciou.
No comunicado à imprensa, a Foxconn do Brasil diz que já está resolvendo os problemas apontados: falta d’água, alimentação ruim e ônibus da empresa lotados.
– A falta de água foi decorrente de um problema de abastecimento da região, e o assunto já foi tratado com a Empresa responsável.
– O restaurante da Unidade também passou por algumas obras de melhorias nesta semana e o projeto de expansão do local está em andamento.
– A Foxconn adequou as linhas de transporte fretado para atender a demanda.
Então agora a ameaça de greve praticamente se desfez. Evandro Santos, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, disse ao Estadão que “a greve pode acontecer, mas como último recurso”. Para Evandro, a Foxconn tem demonstrado boa vontade em atender às reivindicações.
Dá para comparar a situação da Foxconn no Brasil com as fábricas da China? Não para Evandro: “a julgar pelo que sai na imprensa, não tem nada a ver, nenhuma ligação. Aliás, na China nem sindicato existe”.
A Foxconn está sob forte escrutínio no mundo há tempos, desde os casos de suicídio que ocorreram na fábrica em Shenzhen, China, desde 2009. No Brasil, a situação parece ser bem melhor: Luis Carlos de Oliveira, vice-presidente do sindicato, foi aos EUA para mostrar como a Foxconn brasileira segue à risca a lei trabalhista no país e, mesmo assim, é mais produtiva que as fábricas chinesas. [Link/Estadão]
Foto por Nadkachna/Wikimedia