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França detecta 1º caso de varíola dos macacos em um cachorro

O animal, que dormia na cama, desenvolveu lesões pelo corpo doze dias após seus tutores testarem positivo para a doença. Veja mais detalhes desse caso

Primeiro caso de cão com varíola dos macacos detectado na França

Imagem: Juan Gomez/Unsplash/Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Sorbonne, na França, relataram o primeiro caso conhecido de um cachorro infectado pela varíola dos macacos no mundo. O animal, um galgo italiano de quatro anos, apresentou sintomas da infecção doze dias após seus tutores serem diagnosticados com a doença. 

O cão é criado por dois homens envolvidos romanticamente que não possuem exclusividade na relação. Os tutores informaram que deixaram o cachorro dormir na cama enquanto estavam doentes, embora não tenham permitido o contato do pet com outras pessoas ou animais.

Cientistas realizaram o sequenciamento genético do animal e de um dos homens infectados, concluindo que o vírus causador da infecção era o mesmo em ambos os casos. Essa é a primeira evidência de que humanos podem transmitir o patógeno para cães. A descrição completa do caso foi publicada na revista The Lancet.

O galgo desenvolveu pústulas na região abdominal e também uma pequena úlcera no ânus. Os tutores também apresentaram lesões na pele, além de falta de energia, dor de cabeça e febre.

Após a divulgação do caso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos mudou algumas de suas recomendações frente a varíola dos macacos. Agora, os cães aparecem ao lado de outras espécies que também podem ser afetadas pelo vírus, como os esquilos, chinchilas e primatas não humanos. 

Ainda não foram relatados casos envolvendo gatos. Além disso, não há evidências de que os animais possam transmitir o vírus para humanos. Matar ou abandonar as espécies está longe de ser uma opção viável para controlar a disseminação da doença. 

O CDC recomenda que pessoas que testaram positivo para a varíola dos macacos limitem o contato com os pets. É importante deixar o animal sob os cuidados de outra pessoa ou, quando isso não for possível, mantê-lo em ambiente separado da casa.

Animais com quaisquer sintomas da doença, como lesões na pele, febre e falta de apetite, devem ser levados ao veterinário. Os tutores também devem se atentar aos cuidados de higiene do pet, mantendo os potes de água e comida limpos, além da desinfecção do resto da casa.

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