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Review Galaxy Fit 3: Samsung acerta ao incluir recursos “premium” em pulseira inteligente

Confira nossas impressões sobre o Samsung Galaxy Fit 3, a nova -- e surpreendente -- pulseira inteligente da marca
Imagem: Samsung/Reprodução

A Samsung apresentou em fevereiro o Galaxy Fit 3, seu novo vestível com foco em saúde e bem-estar. A pulseira inteligente não tem o mesmo apelo dos Galaxy Watches, mas surpreende bastante — principalmente por ser um upgrade e tanto em relação ao seu antecessor.

Com a Galaxy Fit 3 a sul-coreana inaugurou uma nova categoria de wearables, que são “intermediários”, mas apresentam elementos presentes do segmento premium. Entram aqui o acabamento mais caprichado e elegante e os recursos mais avançados de monitoramento de sono — dos quais falaremos mais adiante.

O Giz Brasil testou o mais novo lançamento da Samsung por alguns dias. Confira nossas impressões a seguir.

Pulseira com cara de relógio

O primeiro ponto que chama a atenção é a atualização no design do produto. Embora seja localizado no segmento intermediário, a Samsung apostou em uma tela 45% maior que a presente no Galaxy Fit 2, abandonado de vez a aparência de Mi Band, da Xiaomi. O novo corpo de metal dá um visual mais robusto, além de deixar a pulseira com um visual mais atraente.

O hardware é de pulseira, mas a cara é de relógio. O Galaxy Fit 3 apresenta moldura retangular com bordas arredondadas, tendência seguida por muitos fabricantes de wearables que entrega uma aparência mais próxima dos relógios inteligentes.

Outra característica trazida dos smartwatches da marca é o mecanismo para retirar a pulseira, que consiste em dois botões na parte de baixo do corpo da smartband. Basta pressioná-los para tirar, facilitando eventuais trocas e reposições.

De acordo com a Samsung, o produto tem construção focada em conforto para possibilitar que os usuários utilizem-no durante todo o dia, incluindo durante o período de sono. A intenção aqui é garantir que ele seja tirado do pulso apenas a cada duas semanas, quando precisar ser recarregado. Por este motivo, o corpo de metal é bastante leve e pesa menos de 19 gramas. Isso de fato garante uma experiência mais cômoda.

A parte traseira ainda conta com o sensores de acelerômetro, giroscópio, sensor óptico de frequência cardíaca, barômetro, sensor de luz. Há também dois pinos para conexão do cabo de carregamento.

Aliás, a pulseira inteligente da Samsung vem de fábrica com apenas um acessório: o cabo de carregamento. Ele possui uma saída USB-C, mas não vem com fonte na caixa. Felizmente, é possível conectá-lo a uma fonte de qualquer dispositivo Android que o usuário tenha em casa.

Por mais que a aparência lembre os relógios inteligentes, o produto não conta com o sistema WearOS. Na verdade, a pulseira conta com um sistema operacional mais básico, o RTOS, apenas para executar as funções essenciais da pulseira inteligente. Facilmente personalizável, ele conta com mais de 100 mostradores, que podem ser alterados no aplicativo Samsung Wearable.

Display

A principal diferença visual em relação ao antecessor é a tela, que é 45% maior. Agora, a pulseira inteligente da Samsung apresenta um display AMOLED de 1,6 polegada, com resolução de 402 x 256 pixels, capaz de exibir ícones, dados  e texto na tela de maneira bastante nítida.

É possível personalizar mostradores para que exibam as informações mais relevantes para o usuário, em uma variedade bem grande de formatos e cores. Graças ao sensor de luz ambiente, o brilho, que atinge um máximo de 250 nits, se adapta automaticamente aos diferentes tipos de iluminação, poupando o usuário de ter que sempre fazer o ajuste manualmente.

Para interagir com o display, os controles são bastante simples — e também bastante semelhantes à experiência do Galaxy Watch. Basta deslizar o dedo em diferentes direções para ter acesso aos recursos do produto e ainda há possibilidade de personalização do botão “home”, que fica localizado ao lado direito, para algum comando específico.

Saúde

É aqui onde o Galaxy Fit 3 tem um de suas maiores virtudes. O produto foge das capacidades mais básicas das pulseiras inteligentes “comuns”, e entrega uma gama bastante variada de indicadores para monitorar.

O aparelho é capaz de monitorar indicadores como frequência cardíaca, oxigênio no sangue e também saúde feminina, assim como os relógios premium da marca.

É possível acessar alguns dados sobre bem-estar diretamente na pulseira, mas é no aplicativo mobile Samsung Health, que oferece uma visão mais detalhada sobre saúde. Há dados sobre a atividade do coração, os níveis de estresse e informações mais especificas sobre suas atividades físicas favoritas.

O monitoramento de sono é um dos principais recursos do Galaxy Fit 3. Isso porque, além de conseguir dados precisos sobre o período total de sono, ele coleta informações precisas sobre todas fases do sono e ainda exibe uma dados sobre se o período de descanso foi suficiente para a recuperação física e mental. Veja abaixo.

Além disso, é possível utilizar o recurso de detecção de ronco — sim. Mas, para funcionar corretamente, é obrigatório que a pulseira esteja conectada a um celular que esteja perto da cama. Os dados sobre ronco também ficam disponíveis no aplicativo Samsung Health.

O produto também conta com um recurso premium que está presente nas novas pulseiras da Samsung: detecção de queda.

Na prática, quando a pulseira identifica algum movimento anormal ou brusco, que possa caracterizar um acidente com ferimentos mais sérios, ele automaticamente notifica um contato de emergência, fornecendo informações sobre a localização do possível acidente. Também é possível pedir socorro rapidamente com alguns toques no botão “home”.

Atividades esportivas

O dispositivo é capaz de monitorar 101 atividades esportivas e, inclusive, tem a capacidade de detectar algumas modalidades automaticamente, que é caso de caminhada, corrida e natação, por exemplo — algo bem legal. O relógio vem de fábrica com certificação IP68 de resistência à água e pode ser mergulhado a uma profundidade de até 50 metros.

Durante os testes, o que mais me chamou a atenção foi que o dispositivo não casou incômodo em nenhum momento. Provavelmente por ser bastante leve, ele garante uma experiência bastante agradável.

Mesmo durante a execução de movimentos velozes ou mais complexos, a experiência segue satisfatória, desde que a pulseira esteja em um ajuste adequado. Caso esteja muito folgada ou apertada demais, o incômodo no pulso ser inevitável, principalmente em movimentos mais amplos ou muito rápidos.

Vale a pena?

Embora tenha uma série de recursos premium, a pulseira inteligente da Samsung não substitui os smartwatches. O Galaxy Fit 3 não possui recursos como GPS ou NFC, tecnologia que permite a realização de pagamentos por aproximação. Então, ainda impede que um usuário saia de casa apenas com a pulseira no pulso, sem a companhia de um celular.

Essa dependência de um smartphone é um traço comum a pulseiras inteligentes, como as rivais Mi Bands, mas aparece até mesmo há até mesmo em relógios esportivos. O Polar Unite, por exemplo, vem sem GPS e custa R$ 1599.

O lançamento mais recente da Samsung, no entanto, apresenta uma evolução bastante significativa em relação ao dispositivo anterior. O preço sugerido pela Samsung é de R$ 549.

Em resumo, ainda que existam algumas opções mais baratas no mercado, o fato é que Galaxy Fit 3 consegue, sim, dar uma experiência de “relógio inteligente” para quem quer pagar um pouco menos.

Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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