Gary Glitter: autor do tema de “Coringa” volta à prisão 5 semanas após ser solto
O cantor britânico de glam rock dos anos 70, Gary Glitter, de 79 anos, retornou à prisão apenas 5 semanas depois de quebrar suas condições de licença. Segundo o site Euronews, Paul Gadd — seu nome verdadeiro — deixou a cadeia após cumprir oito anos de sua sentença de 16 anos por pedofilia.
Ele é o autor da faixa “Rock and Roll Part 2”, tema do filme “Coringa” (2019). Entretanto, não recebe mais os royalties da canção. Segundo a gravadora Snapper Music, Glitter vendeu anteriormente os direitos de gravação e publicação de “Rock and Roll Part 2” e de outras músicas há mais de 20 anos. “Gary Glitter não está sendo pago. Não temos contato com ele”, disse um porta-voz da gravadora ao jornal Los Angeles Times.
Relatórios afirmam que Glitter foi descoberto tentando acessar a dark web posteriormente à sua saída da cadeia. Em imagens obtidas pelo jornal The Sun, ele utiliza um smartphone e pergunta sobre termos como “Duck” e “Onion”, referente à dark web, internet com rastreamento mais difícil.
Em síntese, a dark web, que surgiu do governo dos EUA na década de 1990, servia para agências de inteligência protegerem suas comunicações online. Entretanto, devido à tecnologia de tráfego criptografado, tornou-se popular entre criminosos para disfarçar sua localização e atividades online.
Gary Glitter foi preso pela última vez em 2015 após diversas condenações. Nos anos 1970, ele foi acusado de ter relações sexuais com uma garota de 14 anos. Em 1999, foi condenado por baixar pornografia infantil. E, em 2006, por abuso sexual infantil. Em 2002, foi expulso do Camboja por denúncias de crimes sexuais. No Vietnã, em 2006, foi condenado por abusar de duas meninas, de 10 e 11 anos.
Documentário de Gary Glitter na Netflix
A Netflix vai produzir uma série documental sobre Gary Glitter para o streaming. A série vai abordar a história do cantor, com direção de Sam Hobkinson (“Misha e os Lobos”, 2021) e produção de Cammy Millard (“Mestres da Enganação”, 2022).
O documentário vai trazer imagens de arquivo, entrevistas com as vítimas e com o jornalistas que descobriram o paradeiro do pedófilo, foragido na Ásia.