Da última vez que vimos um armazém da Amazon, durante a época do Natal, tudo parecia um caos controlado: vários andares com prateleiras e caixas em cima de caixas, misturados ao vai-e-vem dos funcionários.
Mas aqui, nestas fotos do armazém de Rugeley, Inglaterra, tudo parece claro e pacífico, mesmo com alguns empregados levando as encomendas de um lugar a outro. O ritmo de trabalho da Amazon, no entanto, não diminuiu.
Estas imagens, capturadas pelo fotógrafo londrino Ben Roberts, fazem parte da reportagem “Amazon unpacked” (Desempacotando a Amazon) do Financial Times. Nela, a correspondente Sarah O’Connor examina o impacto do armazém na pequena cidade de 22.000 habitantes, sem perspectivas desde o fechamento de sua mina de carvão – antes a mais produtiva do país – em 1990.
Inicialmente, os habitantes ficaram contentes em enfim ver uma fonte de emprego na cidade, em um armazém instalado no local da antiga mina de carvão. No entanto, funcionários reclamam das condições de trabalho, como salários próximos ao mínimo ou a pressão intensa – e em tempo real – em cumprir metas. Do FT:
Vários ex-funcionários dizem que computadores portáteis, que se parecem com calculadoras científicas desajeitadas com alças e telas grandes, indicavam em tempo real se – e por quanto – eles estavam à frente ou atrás da meta. Os gerentes também podiam enviar mensagens de texto para estes dispositivos e dizer aos trabalhadores que acelerassem o ritmo.
Então há muito mais por trás destas fotos: seu contraste com a reportagem é bem interessante. Vale conferir todas as fotos e o artigo nos links a seguir: [Ben Roberts via Fubiz; FT via Brainstorm9]
As infinitas estantes com produtos da Amazon…
…dividem espaço com pôsteres motivacionais: “Este é o melhor emprego que já tive!”…
…e, claro, divide espaço com os funcionários.
O armazém fica no local de uma antiga mina de carvão, fechada em 1990.
Fotos por Ben Roberts