Tecnologia

Google compra tecnologia IA de startup fundada por bilionário brasileiro

A startup, que agora faz parte do Google, foi fundada em 2021 e desenvolve chatbots capazes de "imitar" personalidades
Imagem: Unsplash/Reprodução

O Google anunciou nesta semana a aquisição de uma startup de inteligência artificial, avaliada em US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27,4 bilhões), criada por um brasileiro. A Character.AI foi fundada pelo brasileiro Daniel De Freitas e pelo o americano Noam Shazeer.

Como o Google comprou a startup

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A big tech contratou Freitas e seu sócio como funcionários e eles devem seguir trabalhando no braço de IA do Google. No acordo, a empresa concordou em pagar US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 16,5 bilhões) para licenciar a tecnologia da Character.AI.

Desse valor, cerca de US$ 2,5 bilhões (ou R$ 13,75 bilhões) serão usados para comprar as ações dos acionistas da Character.AI. Assim, a expectativa, segundo reportagem da Bloomberg, é que os fundadores levem para casa pelo menos US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões).

O acordo é para se juntar ao braço de pesquisa em IA da empresa, junto com cerca de 20% dos funcionários da Character.AI. A ideia é que o Google possa licenciar a tecnologia, contratar os principais funcionários, mas não se tornar proprietário da startup.

Um fato curioso é que a dupla já trabalhou no Google. O brasileiro fez parte da equipe que desenvolveu o LaMDA, IA de texto do Google que supostamente adquiriu consciência.  Foi no projeto que Freitas conheceu Noam Shazeer e, em 2021, os colegas decidiram criar a Character.

O que a Character.AI faz

A empresa foi fundada em 2021 e desenvolve chatbots capazes de “imitar” personalidades como Albert Einstein e Barack Obama. Assim, ao realizar seu cadastro, é possível conversar sem limite de mensagens com qualquer figura já criada dentro do software.

Ao questionar Dom Pedro II sobre sua trajetória, por exemplo, é possível vê-lo explicando sobre a inflação, o endividamento interno, e também questões relacionadas a Guerra do Paraguai.

Os chatbots, no entanto, devem ser usados com moderação. Ambos indicam na tela inicial que as falas dos personagens são inventadas, podendo haver inconsistências com o mundo real. Dessa forma, é importante checar os fatos para saber se o que está sendo dito realmente aconteceu ou reproduz a personalidade daquela figura.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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