Funcionários do Google e Facebook precisarão estar vacinados para retomar trabalho presencial

Enquanto isso, a Apple ainda não decidiu se obrigará que seus funcionários se vacinem antes de retornarem aos escritórios da empresa.
Imagem: Spencer Platt (Getty Images)
Imagem: Spencer Platt (Getty Images)

No início da pandemia de Covid-19, muitas empresas abraçaram de vez o trabalho remoto. Agora com a vacinação avançando em alguns países, as companhias estudam como levar suas equipes com segurança de volta ao escritório. A Apple disse estar avaliando se a vacinação será obrigatória, mas Google e Facebook já bateram o martelo: todos os funcionários que forem voltar a trabalhar presencialmente terão de estar totalmente imunizados contra o coronavírus.

Em um e-mail interno enviado aos empregados, o CEO do Google, Sundar Pichai, escreveu que qualquer pessoa que trabalhe nos escritórios da empresa precisarão, obrigatoriamente, estar com as duas doses da vacina em dia (ou a de dose única). A nova exigência começará a ser implementada nos Estados Unidos em breve e em outras regiões nos próximos meses.

Segundo Pichai, as políticas só se aplicarão em áreas onde as vacinas estão amplamente disponíveis, podendo variar dependendo dos regulamentos locais. O Google também observou que faria exceções para aqueles que não podem ser vacinados devido a “razões médicas ou outras razões protegidas”. O CEO ainda explicou que o Google estenderá sua política de trabalho voluntário em casa até 18 de outubro, prometendo aviso prévio de pelo menos 30 dias antes da transição para “planos de retorno total aos escritórios”.

“Estamos muito entusiasmados por termos começado a reabrir nossos campus e incentivar os ‘googlers’ que se sentem seguros em visitar os locais que já foram reabertos. Ao mesmo tempo, reconhecemos que muitos funcionários estão observando em suas comunidades surtos causados ​​pela variante Delta [do coronavírus] e possam estar preocupados em retornar ao escritório”, escreveu Pichai.

Horas depois dos comentários de Pichai, o Facebook também disse que exigiria que todos os funcionários da rede social nos EUA fossem vacinados. “À medida que nossos escritórios forem reabertos, exigiremos que qualquer pessoa que venha trabalhar em qualquer um de nossos campus nos EUA seja vacinada”, disse Lori Goler, vice-presidente de pessoas no Facebook, em um comunicado à CNBC. Goler também ponderou que a forma como a nova política será implementada dependerá das condições e regulamentações locais.

Enquanto isso, a Apple…

Em entrevista à CNBC, Tim Cook questionou se a Apple faria o mesmo. Em vez disso, Cook disse que a empresa estava se concentrando em “quando voltar”, observando que, na semana passada, adiou seu cronograma de retorno previsto para setembro para outubro, no mínimo. Essa incerteza também se estende a suas lojas de varejo. A Bloomberg relata que a Apple planeja exigir máscaras em suas lojas físicas a partir de 29 de julho, mas a empresa não obriga que os funcionários desses estabelecimentos sejam vacinados.

No início de junho, Cook enviou um e-mail à equipe solicitando que alguns retornassem ao escritório pelo menos três dias por semana, enquanto outros seriam obrigados a retornar em tempo integral. A notícia gerou críticas dos funcionários, que escreveram uma carta a Cook pedindo condições de trabalho mais flexíveis. Muitos trabalhadores, inclusive, acusam a Apple de suprimir o home office, mesmo com o aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos.

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Companhias buscam modelo híbrido

Em geral, empresas de tecnologia têm se acomodado a um modelo de trabalho híbrido pós-pandemia. Em maio, Pichai escreveu que “o futuro do trabalho é a flexibilidade”, e que o Google permitiria que alguns trabalhadores se candidatassem a empregos totalmente remotos ou se mudassem para outros escritórios.

O Facebook também disse que espera aumentar as contratações remotas, e o CEO Mark Zuckerberg prevê que metade de sua força de trabalho continue remotamente nos próximos 5 a 10 anos. A Microsoft também aderiu ao modelo de trabalho híbrido com a opção de trabalho remoto permanente, assim como Twitter e Spotify.

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