Google está trabalhando em uma IA de tradução que usa sua própria voz para falar língua estrangeira

Translatotron é um projeto do Google que usa inteligência artificial para traduzir uma língua estrangeira usando sua própria voz.
Turistas vendo mapa em uma calçada
Getty Images

A pior parte de visitar um lugar cuja língua você não fala é a sensação de afundar em um livro de frases do idioma, abrir a boca e preparar-se para assassinar a língua estrangeira. Se este é o seu pior pesadelo, boas notícias. O Google está trabalhando em uma inteligência artificial que pode realmente falar em outro idioma usando sua própria voz.

Chamado de Translatotron, a inteligência artificial é descrita em um blog post como um modelo de tradução de fala de ponta a ponta. O que torna isso uma novidade é que ele evita o método convencional de conversão de voz para texto e texto em voz — que é o que o Google Translate atualmente faz. Em vez disso, ele emprega uma rede neural capaz de ignorar a etapa intermediária de traduzir áudio para texto e vice-versa. Também inclui um “codificador de alto-falante” que pode preservar a voz do locutor original.

A nova inteligência artificial tem algumas vantagens em relação ao método tradicional. O Google cita velocidades de inferências mais rápidas, eliminando erros compostos e lidando melhor com palavras que não precisam de tradução, como substantivos e nomes próprios.

No momento, o Google diz que a qualidade da tradução usando o Translatotron é inferior comparado com métodos tradicionais. No entanto, se você verificar os exemplos de áudio disponibilizados pela empresa, os resultados finais não são apenas precisos, mas também soam mais naturais. Ainda há essa entonação mecânica, mas muito menos em comparação com, digamos, a Alexa, da Amazon, ou qualquer outro assistente.

Atualmente, existem alguns aplicativos de tradução “texto para voz” disponíveis — incluindo o Google Translate, SayHi, Microsoft Translator, iTranslate e TripLingo. Nenhum deles usa a sua voz real, e isso pode ser um pouco chocante na vida real.

O Translatotron pode ainda estar em desenvolvimento, mas tomara que, em algum dia no futuro próximo, eu possa fazer aquela viagem à Paris que eu sempre quis, sem ter de me envergonhar por falar incorretamente “confit de canard” (confit de pato) em um restaurante chique.

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