Google prepara lançamento do Sparrow, o rival do ChatGPT, para 2023

Empresa DeepMind, que pertence ao Google, já apresentou protótipo de plataforma semelhante ao ChatGPT; veja os detalhes do projeto, que vai restringir perguntas inapropriadas
Google prepara lançamento do Sparrow, o rival do ChatGPT, para 2023
Imagem: DeepMind/Divulgação

A DeepMind, empresa de inteligência artificial do Google, planeja lançar uma plataforma parecida com o ChatGPT em breve. A afirmação é de Demis Hassabis, CEO da companhia, em entrevista à revista norte-americana Time

Segundo Hassabis, o novo chatbot se chamará Sparrow e já deve ganhar uma versão “beta privada” em 2023.

A DeepMind apresentou Sparrow no ano passado como uma prova de conceito para um trabalho de pesquisa. À época, classificou o recurso como um “agente de diálogo que é útil e reduz o risco de respostas inseguras e inadequadas”. 

O CEO da DeepMind disse que a companhia atrasou o lançamento do recurso porque pretende garantir que ele tenha funcionalidades importantes que faltam ao ChatGPT. “É certo ser cauteloso nessa frente”, afirmou. 

O chatbot ultra responsivo da OpenAI ganhou popularidade nas redes com sua impressionante capacidade de fazer praticamente qualquer coisa, desde criar livros e desenvolver o próprio código até opinar sobre si mesmo

Ao mesmo tempo, porém, foi alvo de críticas por disseminar informações falsas e discriminatórias. O próprio criador do Gmail disse que o ChatGPT coloca em risco o mecanismo de busca do Google, uma vez que traz resultados mais precisos nas pesquisas dos usuários. 

Regras de comportamento 

Hassabis afirmou que Sparrow traz algumas restrições às perguntas dos usuários. Nos testes, o chatbot se recusou a responder perguntas em contextos inapropriados. 

Além disso, o robô forneceu respostas plausíveis em 78% das vezes em que os humanos fizeram uma pergunta factual. Agora, a DeepMind diz que criar regras melhores para o recurso demanda muito trabalho e um grupo especializado. 

“Exigirá informações de especialistas em muitos tópicos, incluindo formuladores de políticas, cientistas sociais e especialistas em ética, além de contribuições participativas de uma ampla gama de usuários e grupos afetados”, afirmou o CEO. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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