Nesta semana, o Google veio a público para anunciar que está alterando seu plano de remoção de cookies de terceiros na plataforma Google Chrome — o navegador mais utilizado do mundo. A decisão acontece cerca de quatro anos após a gigante da tecnologia realizar estudos e uma série de testes para colocar a medida em prática.
A empresa revelou, em comunicado publicado em seus canais oficiais, que mudou os planos de encerrar completamente o rastreamento de usuários do browser após manifestações de agentes da indústria e, principalmente, de anunciantes — que são os responsáveis pela maior parte de suas receitas anuais.
Os cookies são arquivos personalizados mantidos pelos sites que um usuário visita. Na prática, a página pode salvar preferências de usuário oferecendo conteúdos mais relevante e facilitando e ações corriqueiras, como o processo de login, por exemplo.
Uma alternativa aos cookies
Ao invés de eliminar os cookies completamente, o Google está planejando uma abordagem um pouco mais conservadora. Segundo o comunicado, a big tech vai implementar uma nova experiência. Na prática, deve permitir aos usuários do navegador terem maior controle sobre as opções de rastreamento de terceiros logo no primeiro acesso.
O Google ainda afirmou que o Privacy Sandbox terá papel fundamental nesta nova abordagem, oferecendo maior privacidade para os usuários, mas sem impactar negativamente nos publishers, anunciantes ou no segmento de publicidade online.
A empresa surpreendeu o segmento de tecnologia, quando anunciou em 2020 a intenção de eliminar completamente os cookies de terceiros. O principal objetivo da ação era garantir maior privacidade a todas as pessoas que utilizam o Chrome diariamente.
O Google até começou a implementar a mudança gradativamente em janeiro deste ano. Porém, adiou o bloqueio dos cookies de terceiros cerca de três meses depois, em abril. Após alguns meses sem atualizações significativas sobre a implementação do plano radical, a empresa decidiu cortar de vez a mudança.
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