Depois de mais um vazamento de produtos de uma loja, a GoPro anunciou oficialmente a nova linha de câmeras de ação, chamada de série 7. São três modelos compactos, que podem ser diferenciados facilmente pela cor: preto, prata e branco.
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O modelo mais avançado é a GoPro Hero 7 Black, de US$ 399 (R$ 1.629 em conversão direta) mas você vai precisar olhar com muita atenção para encontrar quais são as novidades em relação à versão anterior, a Hero 6 Black.
A Hero 7 usa o mesmo sensor de 12 megapixels, o mesmo processador customizado GP1 (com um pouco mais de RAM) e oferece as mesmas capacidades de captura: vídeo 4K a 60 frames por segundo, 2K a 120 FPS, e 1080P a 240 FPS, se você quer um efeito extremo de câmera lenta.
Ela ainda tem proteção contra água a até uma profundidade de 10 metros, pode fazer transmissões ao vivo e oferece monitoramento de localização por GPS. O que a GoPro acha que é um grande motivo para você trocar de câmera é uma função chamada “estabilização HyperSmooth” (hipersuave, em tradução livre).
A empresa diz que essa estabilização funciona tão bem quanto um suporte estabilizador físico no que diz respeito a suavizar as tremidas em vídeos capturados durante corridas, passeios de bicicleta ou outras atividades que envolvem pulos, balanços e chacoalhões.
Entretanto, ainda é uma estabilização por software, o que significa que dados capturados pelo giroscópio embutido estão sendo usados para cancelar digitalmente as tremidas. Isso significa que seu vídeo vai ficar recortado.
A amostra que a GoPro compartilhou em sua conta no YouTube esta manhã parece suficientemente refinada — sem dúvidas, o novo software da Hero 7 faz um trabalho um pouco melhor do que o da Hero 6 para suavizar movimentos e vibrações. Mesmo assim, ainda não há o que substitua estabilização mecânica de imagens, pois, com ela, o sensor está de fato sendo ajustado e reposicionado para cancelar os movimentos indesejados.
Descendo um pouco, temos também a Hero 7 Silver, de US$ 299 (R$ 1.220, em conversão direta), e a Hero 7 White, de US$ 199 (R$ 812). O preço menor significa que você não vai ter o sensor GP1 bacana e a estabilização HyperSmooth. Elas vêm com um sensor menor, de 10 megapixels, e têm capacidades de gravação mais modestas.
A Hero 7 Silver chega, ao máximo, a 4K em 30 frames por segundo. Já a Hero 7 White só atinge 1440P a 60 frames por segundo — e o modelo branco não tem GPS. Você também deve notar que nenhuma das duas vem com a tela LCD frontal da versão preta, que mostra informações de status. Assim, fica um pouco mais difícil garantir que você está gravando suas reações durante aventuras radicais.
Não é nenhum segredo que a GoPro vem passando por uma fase difícil. O drone Karma, descontinuado, foi um desastre, e acabou com a demissão de 200 a 300 funcionários em janeiro. Logo depois disso, houve rumores de que o CEO Nick Woodman estava tentando vender a empresa ou pelo menos arrumar uma parceria para ajudar a segurar essa barra.
A nova linha GoPro Hero 7 é obviamente uma tentativa de melhorar os produtos. Além dos anúncios de hoje, a empresa também revelou que sua câmera Session foi tirada de linha. Mas isso é o suficiente?
O maior problema da GoPro é que seus lançamentos trazem novidades de hardware meramente incrementais em relação aos produtos existentes. Assim, não tem muito motivo para quem já tem uma câmera dessas comprar uma nova.
As melhorias na estabilização são certamente atraentes para quem está procurando por sua primeira câmera de ação. Para quem já tem uma, entretanto, não chega a ser um grande motivo para deixar de lado a Hero 6 e comprar a 7. As vendas começam na próxima quinta-feira, nos EUA. Segundo a empresa, no “Brasil, a previsão é de que as câmeras estejam disponíveis nas lojas físicas no mês de novembro”.