Grafeno pode funcionar em eletrônicos da vida real com fios de um átomo de espessura
Nós já sabemos que o grafeno tem muito potencial. Ele pode criar sensores de câmeras virtualmente sem luz, pode possibilitar envio a velocidade de terabits, e mais.
Agora, pesquisadores descobriram como soldar quimicamente o grafeno, ligando várias minúsculas estruturas de grafeno a eletrônicos reais com fios de um átomo.
O grafeno tem muitos superpoderes porque suas nanoestruturas têm menos de 10 nanômetros de comprimento; no entanto, isso dificulta sua aplicação em componentes eletrônicos reais. Mas pesquisadores da Universidade Aalto e da Universidade de Utretch descobriram como fazer isso.
Usando um microscópio especial para mapear a estrutura do grafeno, e depois disparando pulsos concentrados de eletricidade no mesmo microscópio, eles arrancaram um único átomo de hidrogênio de uma lâmina de grafeno. Assim, eles conseguiram criar uma pequena ligação química – com a largura de um átomo – que funciona como um pequeno fio.
“Nós não podemos usar pinças na escala atômica”, disse o chefe do grupo de física em escala atômica da Universidade de Aalto, o professor Peter Liljeroth. “Usar ligações químicas bem definidas é a forma de entender o potencial futuro das nanoestruturas de grafeno nos eletrônicos.”
Por enquanto, a tecnologia não está bem desenvolvida, e só pode ser usada em experimentos com algumas propriedades teóricas do grafeno. Ainda temos muito a descobrir sobre o uso prático das nanoestruturas de grafeno em gadgets tradicionais. Mas algum dia (esperamos que logo!), este tipo de fio estará presente nos seus eletrônicos. [Phys.Org]