Para os cinéfilos de plantão, não faltam lançamentos chegando e a concorrência está pesada. Isso porque, “Indiana Jones e a Relíquia de Destino” chega em 29 de junho, “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um” em 13 de Julho, e por fim “Barbie” de Greta Gerwig e “Oppenheimer”, drama da bomba atômica de Christopher Nolan, estreiam juntos em 20 de julho.
Todos esses filmes citados têm grandes orçamentos e exigem uma boa venda de ingressos para gerar lucro. No entanto, isso vai ser bem difícil, considerando a concorrência pesada entre eles, além de chegarem praticamente no mesmo período, com cerca de uma semana de diferença entre os lançamentos. A esperança é que esses longas-metragens encontrem seu público.
No entanto, Paul Dergarabedian, analista sênior da Comscore, considera o período de um mês entre “Indiana Jones 5” e os lançamentos mútuos de “Barbie” e “Oppenheimer” um dos períodos mais competitivos dos dias atuais [via Variety]. “Este será um teste de estresse para o mercado na temporada de cinema mais importante do ano”, diz ele. “As apostas são incrivelmente altas.”
Já Chris Randleman, diretor de receita da rede de cinema norte-americana Flix Brewhouse, analisa comparando com os fracassos de bilheteria de anos anteriores. “Nos últimos dois anos, se algo falhava, não tínhamos nada por seis semanas. Agora, se algo afundar, você passa para o próximo. É assim que Hollywood sempre funcionou.”
Expectativa de bilheteria em alta
A expectativa de bilheteria para “Indiana Jones 5” está nas alturas. Um levantamento inicial do site Hollywood Reporter estimou que o longa vai bater de US$ 60 milhões a US$ 70 milhões de 30 de junho a 2 de julho, o final de semana de estreia, só nos EUA. Por enquanto, somente a trama de Harrison Ford teve suas projeções divulgadas. Ou seja, para saber o quanto “Barbie”, “Oppenheimer” e “Missão: Impossível 7” poderão arrecadar, teremos que esperar mais.
No entanto, se for considerado o sucesso de filmes no mesmo período no ano passado, o sucesso será duradouro. Um exemplo pode ser encontrado na estreia de “Jurassic World Dominion”, que arrecadou US$ 145 milhões na estreia, enquanto o “Top Gun: Maverick”, de Tom Cruise, arrecadou US$ 51,8 milhões em seu terceiro fim de semana.
“É tudo uma questão de qualidade”, diz Armand Daiguillon, dono da Paradigm Cinemas no sul da Flórida. “Tudo parece bem no horizonte. Mas se os filmes não forem bons, as pessoas vão esperar um mês até que estejam disponíveis no streaming”, completa. Ou seja: esses filmes têm que entregar um conteúdo de qualidade para ganhar o público no boca a boca.
Diversidade de lançamentos
Proprietários de cinemas acreditam que os lançamentos diversificados vão atrair os espectadores de todos os grupos. “É a combinação certa de filmes não apenas para sobreviver, mas para prosperar uns com os outros”, diz Chris Randleman. Ele está particularmente empolgado com “Barbie” porque os ingressos em pré-venda em seus cinemas já estão em alta.
“Acho que será a verdadeira fuga do verão [no hemisfério Norte]”, acrescenta. “Todos podem sobreviver. Temos telas suficientes”, completa. Já Armand Daiguillon, da Paradigm Cinema, no entanto, está cautelosamente otimista sobre um possível engavetamento. “Teria sido melhor se eles separassem as coisas um pouco mais”, diz ele. “Temos um verão inteiro. Esses filmes são todos consecutivos no mesmo mês.”
Ele está particularmente preocupado com o espaço entre as ofertas familiares, como “Ruby Marinho: Monstro Adolescente”, que estreia logo após “Elementos” da Pixar, e “Mansão Mal Assombrada” da Disney, que chega apenas algumas semanas depois. “Eu gostaria que houvesse pelo menos mais uma semana entre as coisas das crianças”, diz Daiguillon.
“Os cinemas fazem muitos negócios com acampamentos de verão. Se todos os filmes forem lançados de uma vez, não há nada para eles verem mais tarde”, completa. Ou seja: a competição está pesada para todos os lados.
Por isso, para saber quem vai ganhar essa guerra das estrelas, teremos que aguardar e ver qual filme conquistará mais o público no boca a boca e críticas positivas.
Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem
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