_Jogos

Guitar Hero volta em 2015 com uma nova guitarra que usa menos dedos

Depois de cinco anos sem jogos da franquia, a Activion anunciou ontem a volta de Guitar Hero com o jogo Guitar Hero Live, que será lançado entre setembro e novembro deste ano. O novo título abandona personagens gerados por computador para dar lugar a gravações em primeira pessoa com gente de verdade — tanto na banda, […]

Depois de cinco anos sem jogos da franquia, a Activion anunciou ontem a volta de Guitar Hero com o jogo Guitar Hero Live, que será lançado entre setembro e novembro deste ano. O novo título abandona personagens gerados por computador para dar lugar a gravações em primeira pessoa com gente de verdade — tanto na banda, quanto no público — a grande novidade, no entanto, fica por conta da nova guitarra que elimina o botão do dedo mínimo.

Ao retirar o quarto botão, o jogo mais fácil e agradável de jogar. Segundo Jamie Jackson, diretor de criação de Guitar Hero Live, os jogos anteriores se tornavam muito difíceis e quase impossíveis quando o botão do dedo mínimo era inserido na tela. “Assim que você precisasse usar o dedo mindinho, ferrava”, diz. Agora, graças à retirada deste botão, a guitarra de brinquedo terá seis trastes, e não cinco. Todos ficam abaixo do dedo indicador, médio e anelar. Você não mexe mais as mãos como um guitarrista de verdade, mas o jogo fica mais divertido.

Torcida

Os desenvolvedores gravaram duas torcidas para cada canção. Uma que canta e celebra com você, caso você esteja indo bem, e outra que te vaia e faz cara feia, caso você esteja jogando mal. E disso vem outra grande novidade: o jogo não será mais encerrado caso você esteja jogando mal — ele apenas mostra fãs desapontados, pedindo que você melhore a performance. Os membros da banda também te olham com raiva caso você não jogue direito:

É uma novidade bem legal, que te incentiva a melhorar a performance e não apenas desliga na sua cara quando os seus dedos não conseguem acompanhar o ritmo e velocidade da música, pedindo para que você comece do zero.

Guitar Hero TV

Este botão com o desenho de um quadrado na guitarra é o modo Guitar Hero TV, que permite acesso a uma série de canais de videoclipes reais que você pode tocar. Pense em MTV dos anos 1990, só que jogável. Cada canal terá canções dedicadas a um tipo de música específico e você jogará com quem quer que esteja assistindo ao mesmo canal que você. E de graça. Sem assinatura, sem custo, sem valor individual para cada música. A Activion não elimina a possibilidade de cobrar por músicas individuais ou pacotes, mas essa atitude inicial não deixa de ser promissora, especialmente quando vinda de uma empresa como a Activision.

Guitar Hero Live chega no outono do hemisfério norte, entre setembro e novembro deste ano. A Activision já divulgou 13 artistas que terão músicas no jogo: Skrillex, The Black Keys, Blitz Kids, Ed Sheeran, Fall Out Boy, Gary Clark Jr., Green Day, The Killers, The Lumineers, My Chemical Romance, Pierce the Veil, The Rolling Stones e The War on Drugs.

O jogo acompanhado da nova guitarra de plástico custará US$ 100 e chegará para toda plataforma que você puder imaginar: PS4, PS3, Xbox One, Xbox 360, Wii U e smartphones — plataformas mobile terão uma versão que permite ligar celulares/tablets a televisores por meio de um cabo HDMI para usar a guitarra. Confira o trailer oficial de Guitar Hero Live abaixo:

Guitar Hero Live vs. Rock Band 4

A novidade surge pouco mais de um mês depois do anúncio de um novo jogo da famosa franquia da Harmonix, o Rock Band 4. Esta versão, no entanto, parece ser mais convidativa que Guitar Hero Live, já que todas músicas disponibilizadas desde o primeiro Rock Band, em 2007, poderão ser importadas ao novo jogo — de forma fracionada determinada pelo Harmonix, no entanto, mas já é alguma coisa. Além disso, as guitarras das versões antigas também serão compatíveis com Rock Band 4. O que é um tremenda economia para os fãs da franquia que se tornaram acumuladores de instrumentos de plástico.

Estes cinco anos longe do mercado certamente farão bem às duas franquias. Lançamentos anuais tornaram o jogo repetitivo, maçante e a quantidade de músicas não era suficiente para torná-los inovadores. Lançamentos mais espaçados, porém melhores são algo que deveria ser experimentado com outras séries, inclusive, como Call of Duty e Assassin’s Creed — este último principalmente, já que recebe críticas cada vez mais duras a cada lançamento.

Resta saber agora qual dos dois valerá mais a pena: Guitar Hero Live, que busca evoluir com inovação, ou Rock Band 4, que visa a manter (e preservar) seu público fiel. Teremos que aguardar a E3, em junho, para saber.

Sair da versão mobile