Hacker do Anonymous é condenado após deixar cair USB ao jogar coquetel molotov
Se você vai cometer crimes em público, provavelmente proteger qualquer coisa que conecte você a outros crimes é o mais inteligente a se fazer.
Um hacker da Bélgica foi descoberto porque deixou cair um dispositivo USB durante ou depois de jogar um coquetel Molotov em um banco de Crelan, na cidade de Rumbeke, segundo o jornal belga Het Laatste Nieuws e o ZDNet .
As autoridades encontraram um pendrive perto de onde um coquetel molotov foi jogado no banco em 2014. Segundo o ZDNet, os investigadores conectaram informações contidas no dispositivo a um homem identificado em documentos judiciais como Brecht S., que agora tem 35 anos. Uma pesquisa sobre os dispositivos de Brecht e seu histórico supostamente revelou seu envolvimento em vários incidentes de hackers, incluindo um ataque DDoS à plataforma de banco online Crelan. Seus ataques cibernéticos derrubaram o portal por várias horas em diversas ocasiões, informa o ZDNet.
Brecht teria declarado ao tribunal que o DDoS foi um ato de retaliação, explicando que € 300.000 (US$ 342.000) desapareceram da conta Crelan de sua mãe após ela se divorciar do pai de Brecht. Ele disse que após ser ignorado pelos funcionários da Crelan, ele decidiu agiu.
Brecht também teria tentado extorquir uma pizzaria com ataques DDoS, pedindo pagamentos de resgate em troca de deixar o site funcionar, informa o Het Laatste Nieuws.
Investigadores descobriram que Brecht era membro de dois grupos hackers, Cyber Crew e Anonymous Belgium, e encontraram evidências de que ele estava envolvido em alguns dos maiores ataques do grupo, sendo um deles direcionado à FIFA que antecedeu a Copa do Mundo de 2014 , no Brasil.
De acordo com o Het Laatste Nieuws, o advogado de Brecht argumentou que nenhuma lei proíbe explicitamente o hacking por uma razão ética, mas o jornal aponta que a lei não é clara com relação ao hacktivismo. O Anonymous alegou que os ataques DDoS contra a organização foram feitos para conscientizar sobre as “injustiças cometidas pela FIFA, seus patrocinadores e governos”.
A investigação também revelou um parceiro hacker de Brecht, que foi punido apenas com uma multa de € 1.200 (US$ 1.370). Mas Brecht foi condenado a passar 18 meses na prisão e pagar uma multa de € 3.000 (US$ 3.400) ao banco. Além disso, ele tem uma sentença de prisão de três anos por crime de incêndio.