Hacker que aplicou golpes de SIM Swap é condenado a 10 anos de prisão nos EUA

Um estudante universitário que roubou mais de US$ 5 milhões em criptomoedas ao aplicar a técnica de SIM Swap – que consiste em transferir a linha do chip de um usuário para um chip em branco – em mais de 40 pessoas foi condenado a 10 anos de prisão nos Estados Unidos. A reportagem do Motherboard […]
SIM cards amontoados
Pixabay

Um estudante universitário que roubou mais de US$ 5 milhões em criptomoedas ao aplicar a técnica de SIM Swap – que consiste em transferir a linha do chip de um usuário para um chip em branco – em mais de 40 pessoas foi condenado a 10 anos de prisão nos Estados Unidos.

A reportagem do Motherboard afirma que o hacker, Joel Ortiz, fez um acordo com a justiça da Califórnia e se declarou culpado das acusações. As autoridades acreditam que Ortiz seja a primeira pessoa condenada por aplicar golpes de SIM Swap – método que tem crescido no mundo todo, inclusive no Brasil.

Os procuradores e agentes que investigam casos como esse nos EUA celebraram a condenação e disseram que esperam que o caso sirva de exemplo para outros hackers que têm aplicado a técnica.

Ainda segundo o Motherboard, Ortiz é apenas um dos diversos hackers que utilizaram SIM Swap que foram presos no ano passado. Outros presos incluem Xzavyer Narvaez, acusado de roubar US$ 1 milhão em Bitcoin; Nicholas Truglia, também acusado de roubar milhões em Bitcoin e Joseph Harris, que pode ter roubado mais de US$ 14 milhões em criptomoedas.

O que é SIM Swap

A técnica do SIM Swap consiste em comprar um chip em branco e ativar o número da vítima – isso é feito por meio de engenharia social ou em conluio com funcionários de operadoras.

Em posse da linha, o criminoso consegue recuperar senhas de contas e receber códigos de autenticação de dois fatores enviados por mensagem de texto. Se o atacante conseguir acesso ao e-mail da vítima, ele amplia o leque de possibilidades de invasões, usando o recurso de recuperação de senha de sites.

Nos EUA, muitos sites de corretoras de criptomoedas possuem mecanismos que permitem o acesso a contas e recuperação de senhas por meio do número de celular. Deste modo, os atacantes conseguem fazer transferências facilmente.

No Brasil, a técnica tem sido utilizada principalmente para aplicar golpes a parentes das vítimas por meio do WhatsApp – o invasor se passa pelo dono da linha e pede dinheiro emprestado, enviando os seus dados bancários. Há ainda relatos de fraudes em cartões de crédito que já causaram prejuízos na casa dos R$ 10 mil.

Confira neste texto algumas dicas para se proteger do SIM Swap.

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