por Daniel Junqueira
O Galaxy S7 é, acima de tudo, uma evolução do S6. Parece estranho falar isso, já que é essa a impressão que a linha flagship da Samsung deixa a cada novo lançamento. Não é uma coisa ruim, muito pelo contrário: o Galaxy S6 era muito bom e o S7 chega para corrigir algumas das suas falhas, ao mesmo tempo em que aprimora a experiência em outros aspectos.
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Em design, há muito pouco diferente entre o S6 e o S7. Ele parece mais bem-acabado do que era o seu antecessor, e a protuberância da câmera traseira diminuiu consideravelmente, fazendo com que ela fique praticamente plana em relação à traseira do smartphone.
O que eu notei nos poucos minutos em que tive um S7 em mãos foi que é bem fácil deixar marcas de dedos no aparelho – uma mulher que auxiliava na área de exposição do produto constantemente passava um lenço para deixá-lo limpo. Para quem não gosta de ver digitais espalhadas por um aparelho, o corpo de vidro do Galaxy S7 pode incomodar um pouco.
Para ser justo em relação ao design, o S7 parece uma mistura do S6 com o Note 5: ele também tem a traseira curvada que o torna extremamente confortável de ser segurado.
Duas características da linha Galaxy S que foram removidas no S6 voltaram agora: em primeiro lugar, o aparelho voltou a ter memória expansível via cartão micro SD, suportando cartões de até 200GB. E ele também voltou a ser à prova de água e poeira com a certificação IP68, resistindo a profundidades de até 1,5 metro por meia hora.
Com a bateria de 3.000 mAh, a Samsung promete ser possível assistir a uma temporada inteira de Game of Thrones com uma única carga (chegamos a um momento da história em que temporadas de séries se tornaram uma espécie de unidade de medida).
O S6 tinha uma problema bem grande de bateria durando pouco (que tinha 2.600 mAh), algo que pode estar solucionado no S7. Mas esse é o tipo de coisa que só dá para saber com um teste mais aprofundado.
A câmera, além da diferência física da sua protuberância, mudou consideravelmente: a Samsung colocou um sensor de 12 megapixels (o S6 tinha 16 MP) com alguns recursos bacanas, como abertura f/1.7 e um novo sistema que leva pouquíssimo tempo para definir o foco automático.
Ele também tem capacidade de absorver mais luz e melhorar a qualidade de imagens capturadas com pouca iluminação. Este é outro recurso que é bem difícil testar em grandes eventos, então por enquanto ficamos com o que a Samsung diz que ela é capaz de fazer.
Mas a câmera costuma ser um dos melhores recursos da linha Galaxy, então não há muitos motivos para duvidar do que a empresa diz – tirando um ou outro truquezinho de marketing, é bem provável que, no geral, o desempenho da câmera seja próximo ao que a empresa alega.
Em relação a software, o TouchWiz ainda está lá, embora esteja cada vez menos intrusivo. Ainda há mudanças no design do Android, é claro, e uma quantidade imensa de aplicativos pré-instalados, mas a Samsung não perdeu muito tempo listando recursos duvidosos que a maioria das pessoas não vai dar bola quando tiver com o aparelho em mãos. E o que ela falou é bem interessante.
O modo de tela sempre ligada é parecido com o que a linha Moto X (e alguns outros smartphones da Motorola) oferece há alguns anos, e, como fã desse recurso, fico muito feliz de vê-lo no S7. Você pode configurar para a tela, quando estiver desligada, exibir informações como relógio, relógio e calendário, ou uma imagem. Essa tela também pode exibir notificações – mas não detalhes dela.
A Samsung diz que isso gasta cerca de 5% de uma carga completa, o que não deve interferir muito na duração da bateria, e acaba sendo uma troca justa para ter um pouco mais de comodidade (não se preocupe em acender a tela só para ver o horário, por exemplo). Diferentemente do que acontece na linha Moto, que pulsam um relógio e as notificações de tempos em tempos, o modo da Samsung fica aceso o tempo inteiro, só apagando quando o dispositivo estiver no seu bolso ou com a tela virada para baixo.
Galaxy S7 Edge
Assim como aconteceu no ano passado, o S7 não veio sozinho e trouxe junto com ele um irmão maior. É o S7 Edge, que, além da diferença da sua tela que derrete para os lados do dispositivo, também tem uma tela maior: ela tem 5,5 polegadas, enquanto o S7 tem 5,1 polegadas.
Na prática isso não muda muita coisa, já que o dispositivo é tão confortável de ser usado como o seu companheiro. Muitos dos recursos do S7 aparecem também no Edge, como a tela que sempre fica ligada e a nova câmera, mas ele tem algumas diferenças. A bateria é maior, por exemplo, com 3.600 mAh.
Além disso, o software tem algumas diferenças. A Samsung aposta nas telas curvas para oferecer facilidades aos usuários a partir dela. Ele pisca luzes de cores diferentes quando seus contatos favoritos ligam, como já acontecia no S6 Edge, mas também pode exibir notícias e resultados esportivos na borda, além de atalhos para apps.
O Galaxy S7 será lançado no dia 11 de março em alguns mercados do mundo. O Brasil não receberá o aparelho logo no lançamento, mas a Samsung promete que ele chega ao país bem perto disso – talvez com algumas semanas de atraso.
O preço ainda não foi definido mas, considerando que o Galaxy S6 chegou ao Brasil custando a partir de R$ 3.299, e que o dólar só aumentou desde então, é bom preparar o bolso.
Confira abaixo os principais lançamentos do Mobile World Congress 2016:
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O Gizmodo Brasil viajou a Barcelona, na Espanha, a convite da Samsung