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[Hands-on] Huawei entra no mercado de PCs com um clone do Microsoft Surface

A Huawei estreia no ramo de tablets híbridos com o MateBook, dispositivo que é uma mistura de Microsoft Surface com iPad Pro.

por Carlos Rebato

A Huawei é conhecida por fazer smartphones, e alguns deles até que são bacanas. Agora, a empresa está fazendo tablets conversíveis com teclado e Windows 10. O resultado é o Huawei MateBook, um dispositivo que é bem parecido com o Microsoft Surface, mas com alguns detalhes que o tornam único.

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Assim como o Surface, o MateBook tem uma tela de 12 polegadas (2560 x 1400 pixels) com um teclado removível. No entanto, a relação tela-corpo do aparelho é de 84%, o que significa que o dispositivo é mais fino que os laptops conversíveis convencionais, apesar de ter a mesma tela grande. Bacana.

O MateBook é fino graças a seu design sem ventoinha, pois a empresa optou pelo processador Intel Core M da geração Skylake. A duração da bateria é de 10 horas de uso regular, e 9 horas rodando vídeo com qualidade HD, segundo a Huawei.

Ele também traz dois alto-falantes estéreo Dolby que foram demonstrados com um trailer de Transformers. O trailer era terrível, mas os alto-falantes eram incríveis. Após um curto tempo com o MateBook, não conseguiria dizer se o som era melhor que no iPad Pro (com quatro alto-falantes que alternam entre si), mas gostei do que ouvi.

No lado direito, estão os controles de volume. Repare no espaço entre eles: aí fica o sensor de impressão digital. É o mesmo que vem no Huawei Mate 8, e durante meus testes ele funcionou super bem e rápido.

O teclado é retroiluminado e tem um key travel (o quanto você deve pressionar uma tecla para ativá-la) de 1,5 mm, que é bem parecido com o de um laptop. Não é o melhor teclado móvel que já usei – as teclas poderiam ser mais espaçadas – mas está acima da média.

A conexão do teclado não é feita via Bluetooth. Em vez disso, ele usa uma porta proprietária que fica na lateral do dispositivo, fornecendo energia (não é preciso carregar a bateria o acessório). Quando fechado, o case protege a tela; quando aberto, ele a mantém em duas posições fixas: modo laptop e modo colo, mais inclinado. Não há outras posições de tela, ao contrário do Surface.

O MateBook será comercializado em duas cores diferentes: Space Silver (prata) e Champagne Gold (dourado campanhe). O case, por sua vez, virá em quatro diferentes cores.

O MateBook usa a nova porta USB-C, por isso há um acessório que traz portas adicionais para conectar o aparelho a entradas VGA, HDMI, USB 3.0 e Ethernet.

E, claro, temos aqui uma caneta stylus, e a Huawei diz que ela tem 2.048 pontos de pressão. Ela é um pouco gordinha e mais pesada que o Apple Pencil ou a Surface Pen, mas as funcionalidades são bem parecidas. Nela, há um laser na ponta para fazer apresentações (ou para aterrorizar seu gato em casa).

A Huawei quer “trazer uma perspectiva móvel para o PC”. Para atingir esse ideal, a companhia juntou aspectos de dois gadgets — a potência do Surface Pro e o design do iPad Pro — que fazem isso bem. Mas ainda é cedo para termos um vencedor nessa competição.

Ok, mas e o preço do MateBook? Ele começa em US$ 700 para a versão de 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento e pode chegar até US$ 1.600, com a versão de 8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento. Esses preços não incluem os acessórios vendidos separadamente que vão custar US$ 129 (teclado), US$ 59 (caneta) e US$ 89 (dock).

A marca chega com um preço competitivo. O iPad Pro mais barato nos EUA tem 32 GB de armazenamento e custa US$ 799 (sem acessórios). Já o Microsoft Surface 4 custa US$ 799 com 128 GB de armazenamento e 4 GB de RAM (também sem acessórios).

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