[Hands-on] Motorola Moto X: esqueça as especificações técnicas, este smartphone é incrível

O Moto X não era segredo nenhum. Já sabíamos muitas coisas sobre ele antes do seu lançamento. Mas agora ele está entre nós! É o primeiro smartphone feito em parceria entre a Motorola e o Google. Passamos um tempo mexendo nele, e eis as nossas primeiras impressões. Design Podemos dizer que a Motorola não apostou […]

O Moto X não era segredo nenhum. Já sabíamos muitas coisas sobre ele antes do seu lançamento. Mas agora ele está entre nós! É o primeiro smartphone feito em parceria entre a Motorola e o Google. Passamos um tempo mexendo nele, e eis as nossas primeiras impressões.

Design

Podemos dizer que a Motorola não apostou tanto em design nos últimos anos. Ao menos não do ponto de vista dos consumidores médios: a linha Droid tem um grande apelo para geeks. Ela tem ângulos retos, traseira em Kevlar, e olhos assustadores de robôs. Mas isso aqui é diferente. É incrivelmente suave, mesmo com a tela de vidro curvada sobre os cantos, fazendo tudo parecer bastante arredondado. A traseira também tem uma curva satisfatória (ainda mais acentuada do que a do HTC One). Para acomodar isso, a Motorola desenvolveu uma bateria especial que não é retangular (ela tem 2200 mAh). A traseira curvada é preenchida pela bateria, e não pelo ar.

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E é mais ou menos isso que o dispositivo segue no geral: não há muito espaço perdido. A tela tem o mesmo tamanho do HTC One (4,7 polegadas), mas o Moto X é menor e mais estreito (12,9 x 6,5 cm para o Moto X e 13,7 x 6,8 cm no One). Ele também pesa 129 gramas, enquanto o One tem 142g. Então você tem um dispositivo com a mesma tela mas que parece muito menor na sua mão e não pesa tanto no seu bolso.

Nos falaram que a traseira tem material composto, e mesmo que não acreditamos que seja o Kevlar (aparentemente é um tipo de policarbonato emborrachado), ele parece bem sólido. Tem um acabamento suave e é bastante aderente. As impressões digitais não serão um problema no Moto X.

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Na frente temos uma tela AMOLED de 4,7 polegadas com resolução 720×1280 (316 ppi). Isso pode ser decepcionante para quem esperava Full-HD como em outros dispositivos já disponíveis (o HTC One tem 468ppi). Mas a maior parte das pessoas não vão notar e nem se importar com isso. 316 ppi é excelente (em comparação, o iPhone 5 com a sua tela retina tem 326). A tela é brilhante, as cores parecem boas e os pretos são como você está acostumado a ver em telas AMOLED. Diria que 99% das pessoas vão olhar para a tela e achar que ela é incrível. E mais: se alguém disser que é 1080p você provavelmente acreditaria.

Desempenho

A Motorola está fazendo algo único com as entranhas dos seus novos smartphones. Eles usam o novo sistema de computação X8. “Não é um SoC (system on a chip), é uma série de produtos discretos colocados em uma placa”, me contou Steve Sinclair, da Motorola. Geeks podem se preocupar ao descobrirem que o processador é um Qualcomm Snapdragon S4 com 1,7GHz de clock, mas também há uma GPU Adreno 320, dois processadores de baixa energia, um para linguagem natural e outro para computação contextual. Isso dá um total de 8 núcleos, todos otimizados para tarefas diferentes. Ele também tem 2GB de RAM para ajudar em tudo isso.

O mais importante, no entanto, é que ele é RÁPIDO. Nas poucas horas que brinquei com um, não enfrentei lag nem nada. Parece até mais rápido que HTC One, Galaxy S4 e iPhone 5 (mas vamos ver como ele se sai com testes mais profundos). Apps abrem rapidamente, o scroll é suave. Esperamos que isso melhore quando ele receber a atualização para o Android mais recente. E falando nisso…

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Software

Apesar da Motorola ser agora uma “empresa Google”, o Moto X será lançado com o Android 4.2.2 (Jelly Bean). O Android 4.3 foi lançado na semana passada. Não é uma grande atualização, mas deve ajudar a deixar as coisas ainda mais rápidas e adicionará o suporte ao Bluetooth 4.0. Mas a ótima notícia é que o Moto X roda basicamente um Android stock. Ele é bem limpo e aquele monte de bobagem do MotoBlur não existe mais. O Moto X não muda muita coisa no design do Android, e isso é excelente. Mas ele tem alguns recursos interessantes.

Controle touchless

Isso apareceu nos novos Motorola Droid apresentados na semana passada. Lembram-se daqueles núcleos de baixa energia que citamos alguns paragráfos atrás (um para linguagem natural e outro para computação contextual)? É aqui que eles funcionam. Se você ativar este recurso, o Moto X sempre vai ficar esperto para quando você falar “Ok Google Now”. Ele vai acordar ao ouvir a sua voz. Isso pode ser usado para navegação, para ver alguma coisa, fazer uma ligação, enviar uma mensagem ou email, criar um lembrete para si mesmo, configurar um alarme, ou várias outras coisas. A parte mais legal é que ele aprende a sua voz. O pessoal aqui da redação do Giz não conseguiu acordá-lo com o “Ok Google Now”. Ele só obedece a minha voz.

Na maior parte das coisas ele funcionou bem, mas tive dificuldade com comandos mais longos, como adicionar algo no calendário com hora, data e localização. Isso seria bem útil dentro do carro. Você pode configurá-lo para ler mensagens para você, e para confirmar verbalmente as coisas que você pediu para serem escritas – assim você realmente não precisa tocá-lo.

Active Display

Eis mais um recurso bacana. A Motorola fez uma pesquisa e afirma que uma pessoa comum liga o smartphone cerca de 60 vezes por dia. Na maior parte das vezes é apenas para checar o horário ou quais são as notificações recebidas. Você vê um LED piscando e quer saber o que aconteceu. Em vez de usar esse LED, o Active Display mostra brevemente a hora do dia e ícones das notificações que esperam por você quando você tira o smartphone do bolso ou pega ele na mesa. Ele faz isso usando os núcleos de baixo consumo de energia, então a Motorola alega que não gasta muita energia para isso.

Se receber novas notificações, o ícone e a hora vão pulsar de vez em quando até você checar o que é. Se você tocar a tela, ela vai mostrar um preview do que ele considerar a notificação mais importante, e uma deslizada na tela vai levá-lo ao app da notificação. Tudo isso é personalizável, claro (você não vai conseguir ir direto para o app caso seu smartphone esteja bloqueado, e você pode desativar esses previews).

Câmera

O Moto X tem uma câmera de 10 megapixels com uma tecnologia um pouco diferente da encontrada em outros smartphones. Ela é chamada “tecnologia Clear Pixel”. Em vez dos tradicionais pixels RGB, ele tem RGBC (C é para “clear”). Ele é dedicado a capturar luz. A Motorola diz que ele captura 75% mais luz do que um sensor tradicional. Combinado com o F/2.4 do Moto X, a Motorola afirma que ele pode tirar fotos com o dobro de velocidade em relação a outros smartphones com luz brilhante, o que deve significar menos borrões. De fato, durante a demonstração vimos uma foto tirada em uma fonte com gotas individuais de água congeladas no ar. Parecia bastante nítida, mas ainda vamos testar com mais calma.

A tecnologia deve, teoricamente, melhorar as fotos com baixa luz, também. Nós fizemos um teste rápido, e, em comparação com o HTC One, a do Moto X era mais brilhante, mas também tinha mais ruídos e menos nitidez. Novamente: precisamos testar mais.

A câmera também conta com alguns truques de software. Ela pode usar os núcleos de baixo consumo para ativar o app assim que você balança o pulso algumas vezes. A Motorola diz que, com isso, você vai da tela inicial para a câmera em dois segundos. Na prática, não funcionou sempre: talvez uma em cada três tentativas.

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Personalização

A Motorola pegou isso emprestado das indústrias automotivas e de calçados: o Moto X é o smartphone mais customizável disponível no momento. A Moto Maker será uma loja online de personalização. Você poderá escolher entre duas cores frontais, 18 traseiras, 7 cores para botões e o anel ao redor da câmera, e até gravar uma mensagem na traseira dele (como o seu email, por exemplo, caso você perca seu smartphone). A personalização é incluída no preço final e a Motorola promete entregar em quatro dias. Mas isso é para os Estados Unidos – não sabemos se todas essas possibilidades chegarão ao Brasil quando o Moto X der as caras por aqui.

Você também poderá escolher fones de ouvido, e, a partir do fim do ano, uma traseira de madeira.

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Disponibilidade

O Moto X chega aos Estados Unidos entre o fim de agosto e começo de setembro. O preço sugerido é de US$ 200 para a versão de 16GB, ou US$ 250 para a de 32GB. Ele também oferece 50GB de armazenamento no Google Drive durante dois anos. Isso além dos 15GB que você já tem gratuitamente. Isso mesmo, 65GB ao todo. A Play Store receberá um Moto X desbloqueado, mas o preço não foi divulgado.

E o lançamento no Brasil não deve demorar muito: horas antes do anúncio oficial, o site brasileiro da Motorola tinha um teaser do Moto X. Logo após seu anúncio, o teaser deu lugar a uma página para interessados no smartphone se cadastrarem enquanto esperam por novidades. Assim como a Motorola tem feito com vários outros aparelhos, o Brasil pode ser um dos próximos a receber o Moto X.

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