[Hands-on] Nike Flyknit Lunar1+

Pouco menos de um ano atrás, a Nike anunciava ao mundo o Flyknit, uma espécie de tricô tecnológico que prometia revolucionar os calçados esportivos, sobretudo nos quesitos (baixo) peso, ajuste e sustentabilidade, criando os tênis para corrida mais leves, e ainda assim resistentes, da história, reduzindo ao máximo a produção de detritos. Doze meses e uma disputa judicial […]

Pouco menos de um ano atrás, a Nike anunciava ao mundo o Flyknit, uma espécie de tricô tecnológico que prometia revolucionar os calçados esportivos, sobretudo nos quesitos (baixo) peso, ajuste e sustentabilidade, criando os tênis para corrida mais leves, e ainda assim resistentes, da história, reduzindo ao máximo a produção de detritos.

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Doze meses e uma disputa judicial com a Adidas (cheia de reviravoltas) depois, a marca do swoosh introduz no mercado uma nova geração de calçados com Flyknit, que agora, além das características anteriores, contam com a adição de uma plataforma Lunarlon de dupla densidade, que absorve mais impactos – e estamos comparando apenas com os modelos Racer e Trainer da categoria de running, e não com os HTM que já vinham com Lunarlon mas eram, prioritariamente, dedicados ao uso casual.

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Previsto para chegar ao mercado internacional, oficialmente, a partir de Fevereiro, em um farto leque de cores, o Flyknit Lunar+ já está disponível em algumas das Nike Stores brasileiras e nós já colocamos nossas mãos (ou pés) em um dos pares.

Pra começo de conversa, o desenho do cabedal é quase o mesmo dos Flyknit Trainer, mas uma modificação deve fazer toda a diferença para quem pretende usar o tênis com mais frequência, seja em treinos diários ou casualmente: a área do colar – aquela que abraça 0 tornozelo – agora tem um discreto enchimento, reforçando o suporte e minimizando as bolhas por atrito, que às vezes apareciam com o uso mais prolongado dos modelos anteriores (e sou prova viva disso).

No geral, o tênis todo é levemente mais estruturado, contando ainda com as fibras de Flywire dinâmico na área externa, também responsáveis pelo maior suporte,  graças a sua capacidade de contrair e relaxar de acordo com o movimento dos pés.

Essa estrutura não significa o abandono da construção em uma camada única de material e a economia na produção de resíduos, quando comparada a tênis tradicionais de corrida, continua beirando os 80%.

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No quesito peso é visível que a adição dos gramas a mais do One é quase que inteiramente “culpa” do solado de Lunarlon, que graças à sua densidade dupla o torna mais pesado até do que os HTM. Segundo a Nike, a entressola possui áreas de borracha mais ou menos espessas, distribuídas nas diferentes regiões da planta do pé de forma a criar uma plataforma neutra, que se adapta bem a vários tipos de corredores.

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Para quem, assim como eu, planeja usar o One muito mais nos momentos casuais, essa mudança deve se traduzir em um conforto maior, quando comparado ao Trainer, cujo solado dava a impressão de ser “duro demais” ao fim de um dia com algum nível de caminhada.

Os cadarços são achatados e à primeira vista parecem, assim como nos Racer, frágeis demais, mas seu visual ‘super flat’ também faz parte do plano de criar um tênis levíssimo e dotado do ajuste (quase) perfeito, mas o que chama mesmo atenção, visualmente falando, no novo modelo é a vasta oferta de cores.

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Parece que foi tudo milimetricamente calculado: as melhores combinações ficaram para essa geração (e continuamos comparando apenas com os modelos da linha de corrida, deixando os HTM fora dessa), o que torna difícil a missão de escolher uma só, dentre as dez que devem chegar na primeira leva.

Tem para todos os gostos – dos que não têm medo de ser “chamativo” aos que preferem a discrição do preto e branco – mas encontrá-los reunidos em uma única loja não deve ser tarefa das mais fáceis. Na que visitamos ontem (Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo) só estavam disponíveis quatro opções, uma delas com apenas um par posto à venda -”por engano”, segundo o time da loja.

A missão de escolher somente uma das cores, pelo menos aqui no Brasil, só deve ser facilitada pelo preço que a Nike resolveu cobrar pelo Flyknit Lunar1+  – ou simplesmente Flyknit One+, como prefere a etiqueta da caixa: os 160 dólares que o tênis deve custar no mercado estadunidense foram traduzidos em incríveis R$ 699 por aqui. Caro demais sob todos os pontos de vista.

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Se a ideia era posicioná-lo como um top tênis de performance, o alvo foi atingido, mas tenho dúvidas se o preço irá agradar mesmo aos corredores mais aficionados ou àqueles que entram na loja em busca do tênis mais caro por pura ostentação.

Flyknit não é para quem gosta de ostentar. É para quem sabe exatamente o que está calçando – e nem sempre prefere pagar tão caro por isso.

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