O Wii U é o primeiro console da Nintendo que tem games com níveis gráficos próximos aos do Xbox 360 e ao PS3. Isso é importante e bem-vindo. Zelda em full HD? Dois para viagem, por favor. O Wii U apenas segue a mesma onda do console antecessor, usando um controle com qualidade média de touchscreen, e exibindo um dos maiores talentos da Nintendo: pegar tecnologia “boa o bastante” e colocar em um só lugar de forma super simples e ao mesmo tempo profundamente impactante e inovadora. (Há outra empresa de tecnologia que também é muito boa nesse quesito.)
Estão me perseguindo de novo. E, de novo, meus predadores estão compartilhando a tela na TV, usando suas habilidades visuais para me encontrar. Eles precisam me capturar em 2 minutos e meio. Pronto. Na minha tela, que eles não têm acesso, eu tenho uma vantagem quase desleal — um mapa combinado com radar, que mostra onde todos estão. É como um Pac-Man evoluído. Mas eu também tenho uma tela me mostrando um close de meu personagem, para que eu possa ver os arredores — e meus inimigos — imediatamente. Eu não tiro os olhos do controle nem por um segundo. E, assim, eu ganho.
Trata-se de algo que nenhum controle ofereceu antes: a possibilidade de um ponto de vista completamente diferente, a habilidade de ver algo em um jogo que nenhum outro personagem pode ver, para envolver diferentes jogadores de formas distintas. Por definição, uma tela é uma moldura branca, um lugar que pode ser composto com qualquer coisa. Assim, há um potencial quase ilimitado ao Wii U e seu controle, que apenas aguarda para ser explorado. Os desenvolvedores poderão usar este espaço para o que eles quiserem, seja para mostrar uma visão alternativa ou ser usado para uma ação diferente na telona, exibir mais informações, fazer espelhamento direto, ou qualquer outra coisa que eles puderem imaginar ao perceberem que agora há uma segunda janela para mostrar o que eles quiserem ao jogador, completamente independente da TV.
Nós sequer começamos a ver o início do que a nova plataforma é capaz, mas algo ficou claro hoje: ela funciona, e é muito divertida.