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Como o tablet mais barato do mundo se sai em desempenho

Tentativas de fazer computadores ou tablets realmente baratos geralmente não conseguem atingir seus objetivos, principalmente no que diz respeito ao preço. O projeto One Laptop Per Child, por exemplo, estourou a meta inicial de ficar abaixo dos $100. A iniciativa indiana de fazer um equipamento de $10 também não deu muito certo: o Aakash acabou custando […]

Tentativas de fazer computadores ou tablets realmente baratos geralmente não conseguem atingir seus objetivos, principalmente no que diz respeito ao preço. O projeto One Laptop Per Child, por exemplo, estourou a meta inicial de ficar abaixo dos $100.

A iniciativa indiana de fazer um equipamento de $10 também não deu muito certo: o Aakash acabou custando seis vezes mais e sendo bem fraco.

Agora, ele retorna numa segunda versão, que promete ser bem melhor que a anterior, e ainda mais barata: com os subsídios do governo indiano, ele custa o equivalente a R$85, e será vendido a estudantes pela metade do preço. É praticamente imbatível.

O Engadget testou o Ubislate 7Ci, a versão comercial do Aakash 2, que é vendida pelo equivalente a R$170, sem os subsídios governamentais. O que chama a atenção é que o aparelho tem uma boa configuração por menos de US$100, por exemplo: processador Cortex A8 de 1Ghz, 512MB de RAM, 4GB de armazenamento (com suporte para cartão SD), Android 4.0 e touchscreen capacitiva de 7 polegadas e resolução 800×480. Ele parece ser melhor até que outros concorrentes baratos:

Ele está anos-luz à frente de outros tablets baratos que já testamos. O Matrix One, o Novo 7 e o Novo 7 Basic parecem ser significantemente mais baratos e um pouco mais volumosos que o Ubislate 7Ci, e não têm nem comparação quanto à performance. A interface foi, em geral, responsiva, e tarefas mais simples, como ler e-books e checar e-mails, puderam ser realizadas sem traumas. Até mesmo vídeos em HD do YouTube rodaram sem problemas.

No entanto, a tela é um problema, “tanto na camada de toque quanto nos péssimos ângulos de visão”. Além disso, a necessidade de um adaptador AC especial também incomoda. No entanto, o Engadget releva esses problemas, por causa da missão do tablet: levar a tecnologia a quem nunca teria dinheiro para comprar um iPad ou um Nexus 10.

A menos que Asus, Samsung ou Apple decidam, de uma hora para outra, tomar prejuízos enormes nas vendas de hardware, o aparelho da DataWind parece a melhor aposta para levar a internet às mãos de milhões de estudantes em países subdesenvolvidos. E é aí que a tecnologia tem uma chance de fazer a real diferença.

Sem dúvidas, a tecnologia pode dar uma grande ajuda à educação — talvez não do jeito que o senso comum indica, mas pode. Além disso, o governo indiano está fazendo sua parte e já ofereceu treinamento a 15 mil professores, para que possam usar o tablet em sala de aula. Desta vez, o “tablet mais barato do mundo” parece mais promissor que nunca. [Engadget]

Foto por tech2

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